Gerente da Rlam admite falha da operação da U-6

Sindipetro BA

Nesta terça (22), o coordenador geral do Sindipetro Bahia, Paulo César, acompanhados dos diretores Edson Almeida, Deyvid Bacelar, Allan Almeida, Agnaldo dos Anjos, Henrique Crispim, André Araujo e Eládio participaram da reunião com o GG Nei Argolo, na RLAM.

Após ampla explanação dos fatos relacionados ao acidente que vitimou o técnico de segurança Edmilson Sacramento, no último dia 18, na U-36 – tanto do GG como do Sindipetro – a direção sindical chama a atenção para uma evidência que salta aos olhos: o gerente Mansur efetivamente não tem no currículo as aptidões e habilidades necessárias para desempenhar as atividades exigidas numa área de petróleo (U-36, U-39 e outras), assim como capacidade gerencial para liderar equipes e avaliar riscos.

Nada pessoal contra a gerência, ressalta o coordenador Paulo César, mas uma constatação do histórico do profissional e talvez da sua pouca atenção às normas de segurança, no afã de “prestar serviço” com foco unicamente na “produtividade”, sem levar em conta a vida e a saúde dos trabalhadores.

Na reunião, o gerente executivo Nei Argolo adotou comportamento franco e objetivo e assumiu mais uma vez compromissos com o Sindipetro Bahia. Ele pediu um voto de confiança, disse que a partir de agora, se a RLAM não cumprir o ANB, pode ser cobrado e que os supervisores serão chamados à responsabilidade sobre os registros de vazamentos. Sobre o gerente Alfredo Mansur, palavras do GG: “eu conheço o Mansur, é uma boa pessoa, mas talvez no afã de demonstrar o seu trabalho, tenha cometido algum erro”.

Nei Argolo afirmou aos diretores do sindicato que não “quer acidente e não terá dificuldade de parar uma unidade”, pedindo uma oportunidade para tratar a questão da gestão da CB\CCR. Ficou agendada nova reunião para o pós carnaval, 26\2.

Operador recebeu alta

Os diretores Deyvid Bacelar, Agnaldo dos Anjos e Allan Almeida, visitaram o técnico de operação Edmilson Sacramento Ferreira, da U-6, que teve alta nesta quarta (23), depois de ficar internado no Hospital de Medicina Humana (Candeias). Edmilson sofreu queimaduras de primeiro e segundo graus no rosto, orelha e tórax, atingido por enxofre líquido em alta temperatura, próximo dos 120 graus, no último dia 18.

O acidente ocorreu porque houve vazamento através de uma junta rompida, quando o técnico fazia uma manobra de “sopragem” com vapor no Sultrap do C-3606. A direção do Sindipetro Bahia credita o acidente à inobservância de normas de segurança e (in) capacidade profissional do gerente da U-36, Alfredo Mansur, que tem obrigado os trabalhadores a cumprirem tarefas submetidas a riscos. O sindicato alerta, ainda, que acidentes nesta e em outras unidades tem se repetido e causado danos à saúde dos trabalhadores.