Sindipetro-PE/PB
O que se tem visto nos últimos dias no Terminal da Transpetro de Suape é uma verdadeira afronta à dignidade dos trabalhadores, às normas internas de seguranças e à legislação trabalhista, praticada por uma gerência inépta para ocupar cargo de tal responsabilidade.
Falta de motoristas de ônibus
No dia 9, durante a mobilização de 24 horas, que teve a participação de mais de 300 trabalhadores/as em protesto à falta de segurança (após o acidente no laboratório que vitimou uma trabalhadora terceirizada), os motoristas de ônibus não estavam no local de trabalho por determinação da empresa. Felizmente, o plano de emergência não foi acionado, porque se isso acontecesse, os trabalhadores teriam de sair do Terminal a pé. Essa é a forma que a gerência se mantém na função, apresentando resultados e expondo trabalhadores.
O Sindicato pergunta: para que, então, os motoristas participam do simulado se são dispensados para não almoçarem nas dependências do Terminal? Isso se chama política de migalha, típica de quem tem a visão míope dos problemas.
Adulteração do local do acidente
No sábado (10/3), dois dias após o acidente, o sindicato foi informado que uma equipe estava trabalhando nos reparos do laboratório, antes de ter havido uma perícia no local. Com isso, fica impossível haver uma investigação isenta, porque o ambiente foi “adulterado”.
O coordenador do Sindicato se dirigiu ao local, constatou o ocorrido e registrou Boletim de Ocorrência no Distrito de Ipojuca, o que irá provocar um inquérito policial para apurar se houve má fé da gerência.
Estranhamente, a PT que autorizou os trabalhos no sábado DESAPARECEU!
Não bastasse tal atitude, a gerência, a coordenação de operações e a assitente social estiveram no laboratório na segunda-feira, dia 12, e pressionaram os trabalhadores para que utilizassem o local mesmo antes da perícia.
Descumprimento do ACT
Outra prática da empresa tem sido descumprir o Acordo Coletivo, que determina na Cláusula 85 a permissão ao sindicato ter acesso ao local de acidente e acompanhar a apuração do acidente.
A comissão formada para averiguar foi criada através de uma DIP confidencial com pessoas escolhidas a dedo pela gerência e coordenação de operações. Nenhum trabalhador que participou diretamente dos momentos do acidente faz parte desta comissão chapa branca.