Sindicato vai ouvir trabalhadores para partida segura da Replan

 

A direção do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado-SP) conversa, nesta quinta-feira (30), com os trabalhadores da Refinaria de Paulínia sobre a criação do Grupo de Trabalho, uma das propostas apresentadas pela entidade para garantir segurança no processo de partida e na operação da Replan.

A ideia é que o grupo seja formado por representantes do Unificado, da empresa e da base, com o objetivo de discutir temas relacionados à manutenção, segurança do processo de partida e procedimentos operacionais e deliberar ações para a operação segura da refinaria.

O assunto será abordado amanhã, em setoriais na sede da Regional Campinas, que acontecem em dois horários, às 10h30 e às 18h30. “O envolvimento e a participação dos trabalhadores na formação desse grupo são muito importantes para focarmos nas questões que realmente são cruciais para uma rotina de trabalho segura”, afirma o diretor do Sindicato Arthur Bob Ragusa.

Inspeção

Desde o início da manhã de hoje (29), técnicos da Agência Nacional do Petróleo (ANP) estão na Replan, inspecionando as unidades e o serviço de raqueteamento (isolamento das linhas de tubulações), executado nas áreas atingidas pela explosão e o incêndio, ocorridos na madrugada de segunda-feira (20).

A inspeção avalia as condições de segurança das instalações da refinaria, para garantir que a partida operacional seja feita com tranquilidade e sem risco de novos acidentes. O parecer da ANP, que vai determinar se a Replan já pode dar largada aos procedimentos de partida, deve ser emitido logo após a conclusão da vistoria.

Investigação

A comissão criada para investigar as causas da explosão e do incêndio na Replan ainda não tem um laudo conclusivo. “Qualquer informação sobre a origem do acidente, citada neste momento, é incipiente”, declara o diretor do Sindicato Marcelo Garlipp, que integra a comissão de apuração.

Segundo ele, não existe uma causa única para acidentes de grande proporção, como o ocorrido na Replan. “Geralmente, esse tipo de ocorrência é provocado por uma série de motivos, que ainda estamos apurando”, destacou.

A comissão segue entrevistando trabalhadores, analisando dados de processos, painéis e instrumentos, levantando hipóteses e realizando testes nos equipamentos para averiguar as possibilidades. O prazo para o término da investigação é de 30 dias.

Leia também: Posição do Unificado sobre liberação da operação da Replan pela ANP

[Via Sindipetro Unificado SP]