Os trabalhadores do turno foram retirados dos carros pela própria segurança patrimonial da empresa…
Temendo a forte mobilização dos petroleiros, cujos turneiros dos Grupos E e D permanecem em Vigília dentro Reduc, a gerência da refinaria impediu a entrada dos trabalhadores do Grupo B às 7 horas e dispensou os do Horário Administrativo às 07:30 horas. Os trabalhadores do turno foram retirados dos carros pela própria segurança patrimonial da empresa. Quanto aos trabalhadores do HA, estes sequer desceram dos ônibus, pois os vigilantes entregaram um documento da empresa liberando os empregados e deram ordem aos motoristas para fazerem os itinerários de retorno, levando os empregados de volta às suas casas.
No documento entregue nos ônibus aos trabalhadores do HA, a gerência da Reduc, reconhecendo a força da mobilização dos petroleiros de Duque de Caxias, informa:
Após serem retirados dos carros de turno, os trabalhadores do Grupo B encontraram os portões da Reduc trancados e não puderam entrar para trabalhar. Assim, se reuniram no Arco para receberem informes do Sindipetro Caxias sobre a mobilização e discutir o retorno para suas residências. Numa atitude lamentável e contrária à lei, a gerência da Reduc não disponibilizou os ônibus de turno para o retorno dos trabalhadores do Grupo B às suas casas. Não satisfeita e demonstrando não ter o menor respeito a seus empregados e empregadas, que ela mesma impediu de entrar para trabalhar, a gerência ainda proibiu o acesso ao banheiro localizado na recepção.
Devido à falta de acesso aos banheiros e à impossibilidade de se manter mais de 100 pessoas, entre os turneiros do Grupo B e trabalhadores do HA, na entrada da Reduc, o Sindipetro Caxias alugou 13 carros de uma cooperativa para levar os trabalhadores de volta às suas residências e ainda contou com o transporte solidário dos companheiros que vieram trabalhar com veículo próprio.
Com o corte da rendição praticado pela própria Reduc, os trabalhadores dos Grupos E e D deixarão a refinaria somente às 23 horas, com a chegada do Grupo A, encerrando a Vigília, a não emissão ou acompanhamento de Permissão de Trabalho e a Operação Padrão.
Prática Antissindical
Numa atitude covarde e caracterizando verdadeira prática antissindical, o supervisor da segurança patrimonial da Reduc retirou as faixas alusivas à mobilização que o Sindipetro Caxias havia colocado nas grades antes do Arco da refinaria. Apesar dos insistentes apelos dos diretores do Sindicato, o supervisor se prevaleceu do fato de estar portando armamento fornecido pela empresa para atentar contra a liberdade de organização dos trabalhadores, arrancando inofensivas faixas com bandeiras de luta da categoria, como “Petroleiros em Estado de Greve pela PLR”, “Implantação do Petros 2 na Transpetro já!”, “Em defesa da saúde dos trabalhadores: Pelo fortalecimento da AMS”, “Pelo fim do privilégio para gerentes e diretores da Petrobrás” e “Contra a terceirização: concurso público já!”. Veja o vídeo do atentado à organização dos trabalhadores, praticado pelo supervisor da segurança patrimonial, na página do Sindipetro Caxias na internet.
Mobilização no Tecam
Os trabalhadores do Terminal de Campos Elíseos iniciaram a mobilização de 27 de julho, Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, realizando atraso de uma hora no início do expediente, permanecendo reunidos com a direção sindical na entrada principal do Tecam. Durante todo o dia não estão emitindo ou acompanhando as Permissões de Trabalho e seguem fazendo Operação Padrão.
Termorio na luta
Os petroleiros da Unidade Termoelétrica Leonel Brizola aderiram à mobilização dos trabalhadores da Reduc e Tecam por uma PLR sem discriminação, não emitindo ou acompanhando Permissão de Trabalho e realizando Operação Padrão. É a primeira vez que os trabalhadores da Termorio participam de uma mobilização de tal envergadura proposta pelo Sindipetro Caxias.