Gerência da Petrobrás pressiona e impõe prejuízos financeiros à estatal durante greve dos trabalhadores de turno da RLAM

[Da Comunicação do Sindipetro Bahia]

Um dia antes da greve contra a escala de 3×2 nos turnos de 8 horas e pela implantação da tabela de turno de 12h na Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, que teve início na sexta-feira (12) e terminou no mesmo dia, após uma liminar ser proferida pelo Ministro Agra Belmonte, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), pelo menos 200 trabalhadores foram deslocados pela direção da estatal para que permanecessem na unidade e, assim, impedir a realização da greve legitima e legal.

Além de antissindical, a atitude prejudicou o movimento dos trabalhadores e colocou os empregados uns contra os outros, mas também ocasionou um grande prejuízo financeiro para a Petrobrás, uma vez que esses trabalhadores permaneceram na RLAM à disposição da empresa, recebendo hora extra, sem, no entanto, realizar qualquer tipo de trabalho.

O que ocorreu na RLAM foi um grande escândalo, pois nada justifica esta farra de horas extras em uma greve que não tinha nem pretensão de cortar a rendição.

A Acelen também teria participado do plano de contingência, tendo, segundo fontes, colocado camas box à disposição para que os trabalhadores que cederam à pressão da Petrobrás e, assim enfraqueceram o movimento, expondo seus colegas, pudessem dormir.

Houve, por outro lado, perseguições por parte do Gerente de RH da refinaria, que também segundo denúncias, teria anotado os nomes dos trabalhadores do turno de 07×15 que estavam descendo no portão 1 para participar da greve.