FUP vistoria obras do GASDUC e denuncia terceirização da fiscalização e manutenção

A FUP, através da sua Secretaria de Saúde, Tecnologia e Meio Ambiente, vistoriou nesta terça-feira, 14…





Imprensa da FUP

A FUP, através da sua Secretaria de Saúde, Tecnologia e Meio Ambiente, vistoriou nesta terça-feira, 14, o trecho do GASDUC, no município de Silva Jardim, no estado do Rio de Janeiro, onde ocorreu um deslizamento em parte do túnel que abriga o gasoduto. A vistoria foi realizada em função de relatos enviados à FUP por trabalhadores denunciando a precarização das condições de trabalho e segurança. O túnel que abriga o GASDUC (que liga o Terminal de Cabiúnas à REDUC) tem cerca de quatro mil metros de comprimento e atravessa a Área de Proteção Ambiental Serra dos Gaviões. O deslizamento ocorreu no teto do túnel, mas não feriu trabalhadores, nem danificou o gasoduto. A Engenharia da Petrobrás está realizando reparos na área do túnel onde houve o deslizamento e reforçando a estrutura do teto em outros trechos do túnel. Durante a vistoria, a FUP propôs melhorias na estrutura, como mais pontos de iluminação e instalação de intercomunicadores ao longo de todo o túnel. A Engenharia concordou em avaliar as sugestões feitas.

A FUP também constatou algumas irregularidades no cumprimento das normas de saúde e segurança. A empreiteira Andrade Gutierrez, responsável pela obra do túnel, não tem CIPA no local e a Petrobrás, por sua vez, não tem também Mapa de Risco. Além disso, as emissões e acompanhamento de PTs na malha do gás do Rio de Janeiro, responsável pela manutenção do gasoduto, estão totalmente terceirizadas. A Petrobrás Transporte não tem trabalhador próprio acompanhando e fiscalizando o desenvolvimento da obra, nem tampouco a manutenção do GASDUC, que já está em operação. A FUP ressaltou os riscos que a terceirização destas atividades podem representar, tanto em termos operacionais, quanto em relação à saúde e segurança dos trabalhadores. Sem falar no comprometimento da memória técnica do gasoduto, já que não há presença de petroleiros próprios no acompanhamento das obras, nem nas atividades de manutenção.