Reunião com o Grupo Paritário de SMS foi realizada nesta segunda-feira, 06/02.
Imprensa da FUP
Na segunda reunião do Grupo de Trabalho Paritário de SMS, realizada nesta segunda-feira, 06/02, a FUP tornou a enfatizar a urgência da Petrobrás e suas subsidiárias combaterem de forma efetiva a subnotificação de acidentes. A reunião deu prosseguimento às discussões iniciadas pelo GT no dia 19 de dezembro, quando os representantes da empresa apresentaram os resultados preliminares de uma auditoria sobre as atuais práticas de SMS. Na ocasião, foram discutidos os dados de subnotificação e de acidentes com mortes, bem como propostas para impedir novas ocorrências. Nesta segunda reunião do GT, a FUP deu continuidade ao debate e criticou a metodologia da Petrobrás durante a auditoria.
Os representantes da FUP questionaram o conceito utilizado pela empresa na classificação dos acidentes com afastamento e a superficialidade de informações no preenchimento das CATs. Os sindicalistas criticaram a falta de detalhes no descritivo dos acidentes e lesões. A FUP destacou que isso acaba fazendo com que a empresa não dê a devida relevância às ocorrências e, consequentemente, não cria mecanismos eficazes de prevenção de acidentes. A auditoria feita pela Petrobrás, apesar de confirmar que há práticas de subnotificação de acidentes nas unidades, não retrata como deveria a extensão do problema.
A FUP cobrou o imediato cumprimento da Cláusula 140 do atual ACT, onde a empresa se compromete a realizar uma campanha enfatizando a importância e obrigatoriedade do registro de acidentes e incidentes, bem como a prática do "na dúvida, pare". Outra questão levantada pelos representantes dos trabalhadores foi a necessidade de primeirização das áreas de Saúde, Segurança e Higiene Ocupacional. A FUP cobrou que a Petrobrás apresente na próxima reunião do GT os efetivos de trabalhadores próprios e terceirizados que atuam nestas áreas em cada unidade operacional da empresa. Os sindicalistas cobraram ainda o cancelamento de todas as punições aplicadas contra os 11 trabalhadores da Bacia de Campos que realizaram no ano passado a greve pela vida e a participação de representantes da Transpetro na próxima reunião do GT, que será realizada no dia 14 de março.
O Grupo de Trabalho Paritário foi criado para dar desdobramento ao Fórum Nacional de Práticas de SMS, realizado no dia 06 de setembro do ano passado, após diversas lutas e denúncias da FUP e de seus sindicatos cobrando segurança no Sistema Petrobrás. O Fórum foi um compromisso assumido pela empresa com os trabalhadores na campanha reivindicatória de 2010 e só foi convocado após a greve realizada em agosto passado pelos petroleiros da Bacia de Campos, em protesto contra mais um acidente de grandes proporções na região – a queda de um helicóptero, que causou a morte de quatro trabalhadores. De forma arbitrária, a Petrobrás puniu 11 grevistas, dos quais três eram terceirizados e foram sumariamente demitidos. A FUP condenou mais este ataque à organização dos trabalhadores e continuará lutando para reverter todas as punições, inclusive as demissões.