FUP se solidariza com deputados do PSOL e demais familiares de médicos, vítimas de atentado no Rio de Janeiro

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Para o coordenador da entidade, Deyvid Bacelar, o crime precisa ser esclarecido o quanto antes para que não se repita a impunidade que houve no assassinato de Marielle Franco, cujos mandantes até hoje não foram responsabilizados

[Da imprensa da FUP]

A Federação Única dos Petroleiros e seus sindicatos filiados manifestam solidariedade aos deputados federais Sâmia Bomfim (PSOL/SP) e Glauber Braga (PSOL/RJ), irmã e cunhado, respectivamente, do médico ortopedista Diego Ralf de Souza Bonfim, que foi executado por pistoleiros, na madrugada desta quinta (05), no Rio de Janeiro. Ele estava acompanhado por outros três médicos, em um quiosque, na Barra da Tijuca, em frente ao hotel onde participariam de um congresso internacional de ortopedia.

Além de Diego, também foram assassinados os médicos Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida. O quarto ortopedista, vítima do atentado, Daniel Sonnewend Proença, foi o único sobrevivente e está internado, em estado grave.

Imagens divulgadas revelam que o crime tem todas as características de execução sumária. Os criminosos desceram do carro, se dirigiram à mesa onde estavam os quatro médicos, disparam dezenas de tiros e retornaram para verificar se as vítimas estavam mortas. Não houve assalto.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando o crime, assim como a Polícia Federal, após determinação do ministro da Justiça, Flávio Dino, já que uma das vítimas é familiar de dois deputados federais.

Para a FUP, as investigações não podem descartar a possibilidade de um crime político, já que, tanto a deputada Sâmia Bomfim, quanto o deputado Glauber Braga, são dois parlamentares com trajetórias de enfrentamento ao bolsonarismo, o que os levaram a receber diversas ameaças.

Para o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, é de extrema importância o rápido esclarecimento do crime para que não haja impunidade, como no caso da vereadora Marielle Franco (PSOL/RJ), cujos mandantes até hoje não foram responsabilizados.

“As imagens deixam claro que trata-se de uma execução. Será que é coincidência o fato de uma das vítimas ser irmão e cunhado de dois parlamentarem que têm denunciado o envolvimento da família Bolsonaro com as milícias do Rio de Janeiro? As investigações precisam esclarecer se há ligação entre esses fatos, pois podemos estar diante de mais um atentado político contra a democracia”, afirmou.