FUP questiona Engie sobre denúncias de assédio e discriminação

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Em reunião com a empresa, a FUP afirmou que tomará as devidas medidas, inclusive denunciando formalmente os gestores acusados de assédio e de discriminação 

[Da comunicação da FUP, com informações da Secretaria do Setor Privado]

Em denúncias enviadas à FUP e aos seus sindicatos, os trabalhadores da Engie acusam os gestores da empresa de assediar e discriminar funcionárias, oferecendo cargos com salários reduzidos em relação ao dos homens. Apesar da empresa afirmar que tem uma política de igualdade salarial, conforme estabelecido pela legislação trabalhista, os mesmos cargos ocupados por homens e mulheres teriam salários diferenciados em função do gênero.

Outro fato relatado é de que um diretor da Engie teria ameaçado transferir empregados e cortar adicionais de trabalho, sem alterar as funções e atividades realizadas.

Denúncia também recorrente é a de prática antissindical. A empresa tem evitado responder a proposta de acordo coletivo, um desrespeito ao processo negocial e aos pleitos da categoria. Os gerentes, segundo os trabalhadores, estariam afirmado que “a empresa dará os benefícios que quiser e na hora que quiser e não por solicitação dos sindicatos”.

Diante da gravidade das denúncias, dirigentes da FUP e dos sindicatos realizaram uma reunião emergencial com a Engie cobrando explicações sobre os relatos de assédios, discriminações e de práticas antissindicais. As entidades repudiaram veementemente a atitude dos gestores, enfatizando que é inadmissível que uma empresa do porte da Engie permita que trabalhadoras e trabalhadores sejam expostos a fatos tão graves.

A direção da FUP afirmou que tomará as devidas medidas, inclusive denunciando formalmente os gestores acusados de assédio e de discriminação aos canais oficiais da empresa.

A representante da Engie afirmou desconhecer os fatos apresentados na reunião, alegando que a empresa tem programas de combate a tais práticas e que aguardará a denúncia formal da FUP para fazer as averiguações.

Ela informou ainda que a Engie apresentará até dia 19 de julho uma nova contraproposta para o ACT dando continuidade às negociações.