Na última terça-feira, 12, o jornalista Marcelo Rezende, apresentador do programa da TV Record, “Cidade Alerta”, feriu a honra de todos os trabalhadores diretos e indiretos do Sistema Petrobrás. Em rede nacional, o repórter indignou a categoria, ao compará-la a “bandidos arrumados”. A FUP encaminhou o trecho à sua assessoria jurídica, que através de medidas legais, exigirá uma retratação do apresentador.
Indignação nas redes sociais
A absurda declaração feita pelo apresentador da Record foi amplamente repercutida nas redes sociais, onde trabalhadores da ativa, aposentados e seus familiares repudiaram a opinião do jornalista, deixando centenas de comentários na página da Federação no Facebook. Veja alguns posts:
“Sr. Marcelo Rezende, Vc sabe o que é a Petrobras? Já foi a alguma sonda, seja marítima ou terrestre? Conhece a logística para perfuração, exploração e transporte no Amazonas? Conhece o planejamento para perfuração de um poço, bem como a tecnologia e conhecimento dos seus técnicos? Não ouse menosprezar os petroleiros (…)”
“Sr. Marcelo Rezende, meu pai trabalhou muito na Petrobrás e deu duro para construir essa empresa. Se pessoas sem caráter roubaram a empresa, não generalize, pois o meu pai não é ladrão(…)”
“Não assisti ao programa, mas como aposentado da Petrobrás e em respeito aos que lá trabalham e não têm nada a ver com atos de diretores criminosos, o apresentador deve retratação aos que só recebem seus salários honestamente”.
“(…) você, que faz esse programa sensacionalista para o povo com menos estudo e cultura, não pode generalizar nossa categoria. Somos 79.879 petroleiros, da diretoria executiva ao técnico, mais os recém contratados; formamos uma família que faz esse Brasil seguir pelo horizonte (…) vamos continuar mostrando que o nosso SISTEMA PETROBRAS é muito mais que meia dúzia de péssimos funcionários, somos uma nação, somos o Brasil que cresce”.
“Se não sabe como funciona a companhia, cala a boca. Sou petroleira e me senti ofendida, assim como me senti quando soube das corrupções. Me qualifiquei e prestei concurso, ninguém me deu emprego de graça. A empresa é meu sonho de carreira e essa se solidificou pelo suor de muitos outros trabalhadores, muitos falecidos, que vestiram a camisa, assim como eu (…) Não podemos permitir que um jornalista sensacionalista diminua perante a sociedade o trabalho dos petroleiros que passam 14 dias no mar, desbravando locais de difícil acesso para garantir que o país tenha combustível para prosperar (…)”.
Fonte: FUP