FUP presente ao lançamento do segundo volume da “Enciclopédia do Golpe”

“Essa mídia se apropriou das manifestações de 2013, ela semeou o ódio entre o povo brasileiro, essa mídia foi um dos pilares do golpe e essa mídia quer ver Lula preso. Nós não podemos permitir isso, pois Lula é inocente”, afirmou José Maria Rangel, coordenador geral da FUP, durante o lançamento do segundo volume da coleção “Enciclopédia do Golpe”, cuja nova edição destaca o papel da mídia.

O livro traz 28 textos de jornalistas, cientistas políticos, economistas, juristas e ativistas que tratam sobre como a mídia corporativa influenciou na efetivação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. 

O evento aconteceu na tarde desta quarta-feira, 14, no auditório Chico Mendes, da tenda da CUT, no Fórum Social Mundial, em Salvador, com participação do jornalista Mino Carta, diretor da revista Carta Capital, da ex-ministra Eleonora de Oliveira, que integrou a Secretaria de Políticas para as Mulheres no governo Dilma, e da senadora Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT. “Todos que estiveram na organização desse livro estão de parabéns pela coragem. Neste momento que estamos vivendo no país, ter coragem é uma das maiores virtudes dos brasileiros”, destacou o coordenador da FUP.

A organização da Enciclopédia do Golpe ficou a cargo da jurista Mirian Gonçalves, que participou da mesa de lançamento. “Foi muito difícil e trabalhoso lançar essa obra. Este ato tem uma simbologia muito grande. Lançamos a primeira edição em Porto Alegre quando o Lula foi julgado no TRF (Tribunal Regional Federal da 4ª Região). Ainda temos seis volumes pela frente. Temos grandes autores que se empenharam de forma voluntária nesse projeto. Ninguém ganhou nenhum centavo e espero que todos se apaixonem por ele, assim como eu me apaixonei”, destacou.

A presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann, lembrou que o golpe foi para desestabilizar a democracia do país e retirar direitos do povo brasileiro. “Esse livro nos faz conhecer a história e nos faz preparados para enfrentamentos futuros. As mesmas pessoas que pediram pelo golpe estão vendo que foram enganadas”, afirmou, destacando que a elite brasileira nunca suportou a democracia pactuada no fim do regime militar. “Eles defendem a democracia só quando eles estão no poder e com a esquerda na oposição para legitimá-los”, ressaltou.

[FUP|editado às 19h20]