FUP participa de encontro dos movimentos sociais com Maduro

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Com informações da Rede Brasil Atual e Agência Venezuelana de Notícias

O coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, foi uma das lideranças que integrou a mesa principal do encontro dos movimentos sociais brasileiros com o presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, na noite de quinta-feira, 09, em Brasília. A reunião fez parte da agenda do presidente em sua primeira visita oficial ao Brasil. O encontro reuniu petroleiros e militantes da Via Campesina, da UNE, entre outros movimentos sociais, e teve como palco o Memorial Darci Ribeiro, da Universidade Nacional de Brasília (UNB), onde os estudantes o receberam efusivamente. O coordenador da FUP ressaltou a importância da integração energética do continente latino americano, assim como a unidade dos movimentos sociais e das esquerdas para cobrar e também dar sustentação aos governos progressistas da região.Também participou do encontro o diretor da FUP, Francisco José. 

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Nicolás Maduro reiterou o caráter democrático e a legitimidade do pleito que o elegeu no mês passado, dizendo que o seu país tem “um sistema eleitoral quase perfeito”.  “O Brasil tem que saber que, em 14 anos, fizemos 18 eleições, sendo cinco referendos consultivos e, nessas eleições, construímos um sistema eleitoral quase perfeito”, afirmou. Maduro também ressaltou que, no mesmo dia da eleição, em 14 de abril, 54% das urnas passaram por auditoria e que os resultados apontaram 99,98% de precisão e explicou que os restantes 46% estão também sendo auditadas.

Ele ressaltou a importância dos movimentos sociais para a consolidação da democracia, conquistas sociais e avanços políticos da América Latina nas últimas décadas. “Revestir de poder moral, político e organizativo os movimientos sociais é a maior garantia de que os processos democráticos de nossos países seguirão, com avanço das forças progressistas, rumo à igualdade e justiça”, declarou.

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Antes do encontro com os movimentos sociais, Nicolás Maduro teve uma reunião oficial com a presidenta Dilma e ministros e depois encontrou-se com o ex-presidente Lula, considerado por ele o último dos fundadores dos movimentos de integração da América Latina. “Hoje, Lula nos banhou de sabedoria. Esteve uma hora nos dando experiência de sua luta. Vemos Lula como um pai. Um pai dos homens e mulheres de esquerda de nossa América Latina. Dos três gigantes que começaram este processo de integração da América Latina, Kirchner, Chávez e Lula, só nos resta Lula”, disse, durante declaração à imprensa.

A passagem pelo Brasil encerrou a visita de três dias aos países parceiros do Mercosul.“Estamos construindo o que nunca existiu. Brasil, para nós, era futebol, samba e caipirinha. Estávamos totalmente de costas. Não nos víamos, não nos conhecíamos. Da primeira vez que nos vimos seguramente foi com reserva”, declarou o presidente. A Venezuela assume no segundo semestre a presidência temporária do bloco regional, que, na visão de Maduro, nasceu em essência nas ideias de Hugo Chávez. “Esta visão nós escutamos pela primeira vez na Venezuela nos escritos de Chávez desde a prisão, em 1992. Desenhar o Mercosul. Naquela década de 1990, onde reinava o neoliberalismo, poderiam pensar que estava louco. Estava louco pela pátria grande.” O presidente venezuelano morto no último dia 5 de março tentou no começo da década de 1990 chegar ao poder por meio de um levante, ocasião em que acabou preso. Sete anos mais tarde, foi eleito.