FUP leva ao DEST as reivindicações dos trabalhadores sobre a PLR 2012

FUP

Na última quarta-feira, 16, a FUP e seus sindicatos estiveram em Brasília, reunidos com o Diretor Geral do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST), Murilo Francisco Barella, para debater as questões da PLR 2012, dos trabalhadores do Sistema Petrobrás.

O DEST atua sobre as empresas em que a União, direta ou indiretamente, detém a maioria do capital social com direito a voto, ou seja, as empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas e demais empresas, denominadas empresas estatais.

Diante disso, a Federação recorreu a esta instância do governo, para afirmar que a queda do lucro da Petrobrás não pode prejudicar a participação nos lucros e resultados dos trabalhadores, que desde 2009, lutam por uma PLR justa e democrática, provisionada com base em critérios que atenda as reivindicações dos petroleiros.

Em 2012, a Petrobrás afirma ter tido uma queda significativa em seus lucros, mas mesmo assim, não diminuirá o valor dos dividendos de seus acionistas, que inclusive, são protegidos pelo estatuto da empresa, em seu artigo 5 do parágrafo 2, onde é preservada a remuneração dos acionistas, independente da redução dos lucros

A FUP também deixou claro que a queda no lucro da Petrobrás não é nada menos que resultado das ações de seus acionistas e gestores indicados por eles, como a falta de manutenção de áreas operacionais, por exemplo, fato que ocasionou as interdições de diversas plataformas, por parte de órgãos públicos, e que antes foi denunciado pela Federação e seus sindicatos, assim como a depreciação cambial e a defasagem nos derivados de petróleo.

O Diretor Geral do DEST comprometeu-se em avaliar as questões levantadas pela FUP e, em breve, debater o tema com a Petrobrás.

Trabalhadores do Pólo Petroquímico de Suape deflagram greve

As constantes práticas de assédio moral, o descumprimento da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), das Normas Regulamentadoras (NRs) e da própria Constituição Federal levaram os trabalhadores que prestam serviço na Petroquímica do Terminal de Suape, a decretarem greve, que começou nesta segunda-feira, dia 21. O RH da Petroquímica, por sua vez, se nega a negociar com o Sindipetro e quem acaba no prejuízo são os trabalhadores.

Na assembleia realizada na sexta-feira, a aprovação da greve foi unânime (98 trabalhadores aprovaram e houve apenas duas abstenções). No dia 7 de fevereiro de 2013 haverá uma audiência no Ministério Público do Trabalho para discutir as denúncias de assédio moral feitas pelo Sindipetro PE/PB.

Motivos da paralisação

– Implantação de turno de 12 horas, sem negociação, em

descumprimento ao artigo 7º da Constituição de 1988.

– ADM trabalhando 12 horas/dia de segunda a sábado,

infligindo a CLT que determina 8h e somente 2 he.

– Intervalo de 30 minutos para repouso/alimentação no

ADM (desde novembro de 2010). CLT determina que o

mínimo para descanso é de 1 hora.

– Turno sem intervalo de almoço desde fevereiro de 2012

sem receber HRA (hora de descanso remunerado).

– Incidência de lesão nos pés/pernas devido à qualidade

da bota fornecida pela empresa.

– Trabalhadores do laboratório e manutenção expostos a

produtos sem receber periculosidade.