A FUP e seus sindicatos manifestam imenso pesar diante da perda do professor Marco Aurélio Garcia, vítima de um infarto nesta quinta-feira, 20. Mais do que um pensador brilhante que ajudou a formar diversas gerações de intelectuais e ativistas políticos, era sobretudo um militante socialista que deixou sua marca na história do país, durante o período em que foi assessor especial da Presidência da República.
Ele foi o principal articulador e executor da política externa brasileira do governo Lula, quando o Brasil ocupou lugar de destaque entre as principais nações do mundo. Uma de seus maiores legados foi fortalecer a integração latino-americana e acreditar e brigar pela criação dos Brics.
Como bem disse Chico Buarque, a política externa brasileira teve como marca principal “não falar fino com os Estados Unidos, nem grosso com a Bolívia”, prezando pelo respeito fundamental à democracia e à autoderminação dos povos, sem abrir mão da nossa soberania nacional.
Infelizmente, o legado deixado por Marco Aurélio Garcia está sendo destruído pelo governo ilegítimo de Michel Temer, cujo golpe não só manchou a imagem do Brasil mundo afora, como tornou o país invisível perante as grandes nações e sem o respeito que tanto lutou para conquistar.
Professor aposentado da Universidade Estadual de Campinas, ele costumava dizer em suas conferências que o Brasil jogou fora a política sul-americana e se tornou um país marginalizado pelo golpe.
A FUP e seus sindicatos se solidarizam com os familiares e amigos de Marco Aurélio e reafirmam o compromisso de continuarem firmes na luta intransigente em defesa da soberania e da democracia. É a maior homenagem que podemos fazer a este grande pensador brasileiro.
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