FUP faz cobranças na Comissão de Acompanhamento do Acordo Coletivo da Petrobrás

Em reunião com a Petrobrás, na Comissão de Acompanhamento de Acordo Coletivo…







Imprensa da FUP

Em reunião com a Petrobrás, na Comissão de Acompanhamento de Acordo Coletivo, a Federação cobrou da empresa soluções para as pendências importantes para os trabalhadores do Sistema. Acompanhe os principais pontos discutidos na reunião desta quarta – feira, 22:

 

Reajuste de beneficio educacional – A FUP cobrou da Petrobrás o reajuste dos valores do beneficio educacional. Ao contrário de outros anos, a empresa não corrigiu o valor destes benefícios. Os representantes da empresa informaram que o reajuste não foi feito, devido aos problemas financeiros que atingiram a Petrobrás, decorrentes da crise financeira internacional. A direção da Federação ressaltou que esta situação não pode mais servir como desculpa para que este reajuste não seja feito, já que a Petrobrás e o País já superaram as consequências desta crise. Os representantes da empresa mantiveram a sua posição, porém, informaram que as reivindicações da FUP serão levadas à direção da Petrobrás.

 

Anistia – Outro ponto que voltou a ser cobrado pela FUP foi a questão da agilidade na readmissão dos trabalhadores anistiados da Petroflex e Nitriflex, assim como da Petromisa e Interbras. A empresa afirmou que existem dificuldades na efetivação destas readmissões, devido à falta de documentação de alguns anistiados, porém, garantiu que a situação está sendo regularizada. Em relação à Nitriflex, a Petrobrás ainda não recebeu a notificação da CEI (Comissão Especial Interministerial), quanto à anistia destes trabalhadores. Diante disso, ficou definido que um representante da FUP e outro da Petrobrás irão acompanhar conjuntamente todo o processo, e se for necessário, será realizada uma reunião específica para avaliar os problemas e definir soluções para implementação destas anistias. Os representantes da Federação também cobraram a concessão dos níveis salariais de quatro trabalhadores beneficiados pela anistia das greves de 94/95 e o recálculo dos benefícios de todos os trabalhadores que receberam níveis salariais decorrentes desta anistia.  A empresa solicitou que a direção da FUP encaminhe os nomes dos trabalhadores e informou que o recálculo dos benefícios dos anistiados será cobrado da Petros.

 

Avanço de nível – A FUP reivindicou da Petrobrás a concessão imediata do nível automático por antiguidade, para todos os trabalhadores do Sistema, previsto no Acordo de Implantação do PCAC, e questionou a data que será feita a concessão do nível salarial por mérito. Os representantes da empresa informaram que o processo para a concessão do nível por mérito será iniciado em 3 de agosto e deverá ser concluído até o mês de outubro. Somente a partir desta data, os trabalhadores que não receberam a concessão de nível por mérito, receberão o nível por antiguidade. A FUP protestou, afirmando que o nível por antiguidade deve ser concedido no mês de julho, para todos os trabalhadores do Sistema Petrobrás, como está previsto no atual PCAC, independentemente da concessão do nível por mérito. Após a conclusão do processo de avaliação para concessão do nível por mérito, os trabalhadores que tiverem direito, receberão apenas o complemento do percentual.

 

A empresa manteve sua posição, porém, informou que em janeiro de 2010, o nível automático por antiguidade será concedido de imediato. A direção da Federação continua defendendo que os avanços de nível por antiguidade devem ser concedidos nos meses de janeiro e julho, independentemente do processo de avaliação para concessão de nível por mérito.

 

Acesso à internet – Além das cobranças dos benefícios do Acordo Coletivo, a FUP denunciou a falta de acesso à internet nas unidades da Petrobrás para os empregados novos, terceirizados e que não têm posto fixo de trabalho. A empresa tem o compromisso de garantir livre acesso à internet, entretanto, isto não está sendo cumprido. Os representantes da Petrobrás afirmaram que o problema, até então, era desconhecido e reafirmaram o compromisso em garantir este direito, disponibilizando mais quiosques para os trabalhadores sem posto fixo de trabalho e terceirizados. Quanto aos empregados novos, a empresa informou que irá verificar o que ocorre e prometeu regularizar a situação.

 

Estudo de efetivo – Durante a reunião, também foi cobrado a conclusão do estudo do efetivo na  UN – REPAR  e na UN -RN/CE, além do inicio do estudo na UN – REGAP. A empresa informou que na UN – RN/CE, o estudo está em andamento e que será concluído nos próximos meses. Quanto às demais unidades, foi definido que haverá uma reunião específica entre o RH do Abastecimento com os representantes sindicais do Sindipetro/PR e Sindipetro/MG, para a conclusão dos estudos da UN – REPAR e o inicio do trabalho da UN – REGAP. A FUP também cobrou treinamento especifico para os trabalhadores recém contratados da REPAR, que ainda não foram implantados no regime de turno, devido ao atraso na conclusão das obras de ampliação da refinaria, até que ocorra a implantação destes trabalhadores em seus respectivos turnos de revezamento. A Petrobrás prometeu atender a esta reivindicação.

 

Acidente fatal em Pernambuco – Ao final da reunião, a direção da FUP foi informada sobre um acidente fatal que ocorreu no Estaleiro Atlântico Sul, localizado no Complexo Portuário de Suape, em Pernambuco, que causou a morte de mais um trabalhador terceirizado. A Federação cobrou informações sobre a tragédia. Os representantes da empresa esclareceram algumas dúvidas e informaram que foi criada uma comissão de apuração do acidente, que terá um representante do Sindipetro–PE. A vítima do acidente, Elielson Ernesto, de 26 anos, era recém formado pelo SENAI e realizava um serviço de solda numa estrutura do navio da Transpetro, que está sendo construído neste estaleiro. A FUP mais uma vez lamenta o acidente causado por uma política de SMS equivocada, e que a cada dia aumenta as estatísticas de morte entre os trabalhadores que atuam nas atividades das empresas do Sistema Petrobrás.