FUP envia carta à Dilma, em apoio à sua reeleição, e cobra mudanças na Petrobrás

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Esta semana, a direção colegiada da FUP enviou à presidenta Dilma Rousseff uma carta onde reafirma a defesa do atual projeto político popular e democrático e declara formalmente o apoio à sua reeleição, conforme aprovado por unanimidade no XVI Confup. No documento, a FUP ressalta a importância do fortalecimento da Petrobrás para o desenvolvimento em curso no país e reafirma as lutas da categoria por mudanças estruturais na empresa.

“Para defender a maior empresa do Brasil, defendemos antes de tudo a vida dos petroleiros e das petroleiras, exigindo condições seguras de trabalho em todo o setor petróleo. Intensificaremos a luta contra a precarização provocada pela terceirização e em defesa da recomposição dos efetivos próprios do Sistema Petrobras”, aponta um dos trechos da carta.

A Federação também ressalta a urgência da reformulação da Lei 5811/1972. “Precisamos, urgentemente, barrar o atual processo de gestão do setor petróleo, que vem matando e mutilando trabalhadores, revisando a legislação e fortalecendo a fiscalização das condições de trabalho do setor, questões que a categoria petroleira enxerga como prioritárias”, destaca a FUP, reivindicando “uma repactuação política em torno de uma gestão democrática da Petrobras, que tenha como premissa a valorização do trabalho em toda a sua dimensão”.

Impedir o retrocesso, tarefa primordial da categoria!

Desde que o projeto político brasileiro mudou de curso com a eleição do presidente Lula, a Petrobrás tem sido atacada com o objetivo de desmoralizar o seu papel de empresa pública.  Os ataques se multiplicaram neste ano eleitoral, com manchetes diárias na mídia, principal palanque dos que defendem o neoliberalismo. A estratégia dos que atacam a Petrobrás é retomar a agenda privatista e assim minar a principal locomotiva do atual projeto de desenvolvimento em curso no país. Soma-se a isso, o fato da classe empresarial brasileira e dos partidos políticos que a representam não aceitarem o modelo de partilha do pré-sal, que tem a Petrobrás como única operadora.

Quem ataca hoje a empresa são os mesmos que nos anos 90 a sucatearam, com cortes de investimentos estratégicos, privatizações de unidades, acidentes ambientais, afundamento da P-36, terceirização de atividades fim, sem falar a absurda tentativa de mudança de nome para Petrobrax. Os petroleiros tiveram seus direitos atacados, sofreram perseguições políticas e uma redução de efetivos de 60 mil para 32 mil trabalhadores próprios. Os governos liberais só não privatizaram a Petrobrás porque a categoria reagiu, através de suas entidades sindicais, em conjunto com a sociedade organizada.

Para impedir a retomada desta agenda, que significará um retrocesso sem precedentes na história da categoria, a FUP e seus sindicatos têm denunciado as manipulações da mídia e as intenções eleitorais por trás dos ataques contra a Petrobrás. Vários atos e manifestações vêm sendo realizados desde o início do ano e se intensificarão neste período que antecede as eleições. Nossa tarefa primordial agora é sair a campo para reeleger a presidente Dilma e impedir o retrocesso.

Fonte: FUP