FUP e Via Campesina iniciam jornada de lutas contra a 11ª Rodada

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FUP

A FUP e seus sindicatos voltam às ruas esta semana para denunciar à sociedade brasileira os prejuízos que os leilões de concessão do petróleo têm imposto ao país e exigir do governo a imediata suspensão da 11ª Rodada, prevista para terça, 14, e quarta-feira, 15. Junto com as entidades que integram a Via Campesina, as centrais sindicais, UNE e diversos outros movimentos sociais, os petroleiros mais uma vez defendem a soberania nacional, lutando contra a entrega do nosso petróleo.

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OCUPAÇÃO DO MME, EM BRASÍLIA

As ações começaram na madrugada desta segunda-feira (13), com a ocupação do Ministério de Minas e Energia, em Brasília. Mais de 600 camponeses organizados pelo MST, MCP, MAB, além de quilombolas e dos trabalhadores  petroleiros, ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP), e jovens de Brasília marcharam pela Esplanada dos Ministérios e se concentram desde às 05h30 em frente ao MME, com carros de som, faixas e muita disposição de luta para barrar o leilão de concessão de petróleo, que começa nesta terça-feira.

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“A 11ª Rodada de Licitações é um grande retrocesso para o Brasil, que, desde 2008 havia suspendido os leilões de petróleo, após muita luta e pressão dos movimentos sociais. Ao retomar essa agenda, o governo brasileiro, equivocadamente, atende aos anseios das multinacionais, ávidas por abocanhar nossas valiosas reservas de óleo e gás”, disse João Antônio Moraes, coordenador da Federação Única dos Petroleiros.

Ainda nesta segunda, a FUP e demais entidades que compõem a Plataforma Operária e Camponesa para a Energia entregarão à presidenta Dilma Rousseff uma carta assinada por mais de 50 entidades, cobrando o cancelamento da 11ª Rodada.  

ATOS NO RIO, BELO HORIZONTE E CURITIBA

Nesta segunda-feira, a FUP, o Sindipetro-PR/SC, a CUT-PR, o MST, a UNE e outras organizações sociais realizam uma grande manifestação em Curitiba, no Paraná, contra a 11ª Rodada. O ato teve início às 09h30 na Praça Santos Andrade, mais conhecida como Boca Maldita, no Centro de Curitiba.

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Amanhã, haverá novas manifestações públicasno Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. No Rio, o ato será nacional e contará com caravanas de petroleiros de vários estados do país. A manifestação será em frente ao Hotel Royal Tulip, em São Conrado, local onde a Agência Nacional de Petróleo realizará a 11ª Rodada.

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A retomada dos leilões de concessão é um retrocesso para o país e um ataque à soberania nacional. A 11ª Rodada entregará às multinacionais reservas de petróleo estratégicas, que contêm pelo menos 35 bilhões de barris, o que representa um patrimônio de mais de três trilhões de dólares. Em troca, as empresas pagarão um bilhão de dólares. Além de denunciar esse crime de lesa-pátria, os movimentos sociais também se manifestam contra a privatização das barragens hidrelétricas, outro ataque ao patrimônio público, que coloca em risco a soberania energética do país.

FUP cobra na Justiça cancelamento da 11ª Rodada

A FUP e o Sindipetro-PR/SC ingressaram com Ação Civil Pública na 2ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, cobrando a suspensão da 11ª Rodada de Leilões, prevista para esta terça e quarta-feira. A ação denuncia a inconstitucionalidade dos leilões de “concessão” de petróleo. Além disso, a Ação questiona a licitação de blocos da Bacia do Espírito Santo, já que nesta região há grandes possibilidades de existência de reservas do pré-sal, que estão enquadradas no regime de partilha, através da Lei 12.352/2010, e, portanto, não podem ser objeto de “concessão”. A FUP e o Sindipetro cobram a imediata retirada destas reservas da 11ª Rodada.

Maiores informações com os diretores da FUP:

João Antônio de Moraes (21) 9400-8920; Francisco José (21) 9409-7612; Anselmo Ruosso (21) 7603-9086