Nesta quinta-feira, 21, pela manhã, 200 botijões de gás foram vendidos por R$ 50 aos moradores da comunidade Claudio Coutinho, no bairro do Âncora
[Com informações da imprensa do Sindipetro NF]
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) realizaram pela primeira vez a campanha “Gás a preço justo” em Rio das Ostras, região litorânea do estado do Rio de Janeiro. A ação foi realizada pela manhã, na Rua Peperônia, junto à comunidade Cláudio Ribeiro, no bairro do Âncora, onde foram distribuídos 200 botijões de gás de cozinha por R$ 50, valor que representa menos da metade do preço praticado hoje no mercado.
Representantes da FUP e do Sindipetro-NF estiveram presentes e, além de prestar a ajuda humanitária, explicaram à população sobre os prejuízos da política de reajustes dos combustíveis baseada no Preço de Paridade de Importação (PPI), adotada pela Petrobrás desde outubro de 2016, que considera o preço do petróleo no mercado internacional e a cotação do dólar. O impacto vai além do valor dos derivados de petróleo, como gás de cozinha, óleo diesel e gasolina: também afeta os preços dos alimentos, transportes e demais itens, num efeito cascata com forte impacto sobre a inflação.
A população estava satisfeita com a ação que vai proporcionar uma grande economia no final do mês. “Somos em sete pessoas na minha casa e o gás pesa nas contas. Hoje estou economizando quase 80,00, que dá pra comprar arroz, ovo, salsicha. A carne já fica mais difícil porque está tudo muito cara, mas com certeza vai fazer diferença no final do mês”, ressaltou Cristina Moreira.
“O Sindipetro-NF junto com a FUP tem realizado ações como essa em vários pontos do Estado e essa é a primeira ação em Rio das Ostras. Sei que vocês devem se perguntar por que um sindicato de petroleiros está aqui, vendendo gás por R$50,00? Quero dizer que primeiro porque está caro. Segundo, para conscientizar vocês que o preço do gás é injusto e está atrelado a política. Não é a Petrobrás que faz esse preço, mas sim o Governo Federal e a hora que o presidente quiser, ele pode mudar essa realidade”, lembrou a diretora Bárbara Bezerra.
“Tem gente usando lenha e até álcool para cozinhar. Esses reajustes que a gestão da Petrobrás vem aplicando não apenas no gás de cozinha, mas também no óleo diesel e na gasolina podem ser evitados. Basta a empresa parar de usar somente a cotação do petróleo e do dólar e considerar também os custos nacionais de produção. Afinal, 90% dos derivados de petróleo que a gente consome são produzidos no Brasil, em refinarias da Petrobrás. E a empresa utiliza majoritariamente petróleo nacional, que ela mesma produz”, lembra o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar.
“Mês passado, eu paguei cem reais no meu botijão. Hoje, nessa ação, vou pegar a metade, o que vai ajudar muito no orçamento. Seria maravilhoso se esse valor fosse uma realidade no nosso dia-a-dia”, declarou a moradora Maria Francisca, que foi na atividade levando seu filho.
Para o coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, a conscientização do povo é importante para mudarmos esse cenário.
“Antes do golpe de 2016, pagávamos entre R$ 30 e R$ 40 no botijão de gás. Isso há cinco anos. Hoje, estamos pagando mais de R$130,00 reais. Isso porque o Governo quer privilegiar os amigos do Paulo Guedes, que querem ganhar às nossas custas. E não é só o botijão de gás. É o diesel, a gasolina, que automaticamente geram aumento no preço dos alimentos. Não podemos mais aceitar isso”, ressaltou Tezeu.
O valor do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), popularmente conhecido como “gás de cozinha”, já atingiu R$ 135, nos estados do Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Rondônia, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o GLP aumentou 34,67% nos últimos 12 meses.