O Centro de Defesa Ambiental do Ceará (CDA) funciona dentro da Lubnor, em Fortaleza, cuja privatização está sendo contestada pela FUP e Sindipetro
[Da comunicação da FUP e Sindipetro CE/PI]
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Sindicato dos Petroleiros do Ceará e Piauí (Sindipetro-CE/PI) vêm a público pedir a suspensão da mudança de sede do Centro de Defesa Ambiental do Ceará (CDA-CE), até que haja a resolução do processo de venda da Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), em Fortaleza.
A atual localização do CDA-CE, dentro da Lubnor, é estratégica, além de mais econômica em termos de custos fixos de localização. Caso a venda da refinaria não se concretize, não há justificativa técnica e financeira para a saída do órgão para imóvel alugado de terceiros. Além da vulnerabilidade que as atividades do CDA podem sofrer, os custos envolvidos seriam maiores do que os atuais praticados.
“A tentativa de mudança do CDA, órgão interno da Petrobrás que atualmente funciona na sede da Lubnor, é equivocada. Se trata de uma medida de pressão da estatal para que a venda da refinaria, contestada por nós e pela Prefeitura de Fortaleza, seja concretizada”, denuncia o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.
A negociação da Lubnor e suas estruturas portuárias à empresa Grepar Participações Ltda, por US$ 34 milhões, foi assinada em 25 de maio. Na época, a FUP contestou o valor de venda, 55% abaixo da estimativa de valor de mercado. Após a manifestação da Federação, a Prefeitura de Fortaleza (CE), também entrou na justiça contra o processo, já que 30% da área do terreno onde se localiza a Lubnor pertencem ao município, que não foi previamente informado da transação pela gestão da Petrobrás.
Hoje, os CDAs são importantes e imprescindíveis ferramentas de gestão, controle e combate ao derrame de óleo – de origem da Petrobrás ou não – no meio ambiente.