FUP e Sindipetro Caxias cobram do governo e parlamentares isenção de IR sobre a PLR

Reunião em Brasília teve participação do Sindipetro Caxias, além de bancários, metalúrgicos e químicos da CUT





 Imprensa da FUP

Junto com metalúrgicos, bancários e químicos, a FUP participou nesta quinta-feira, 01, de uma agenda da CUT em Brasília cobrando do governo e dos parlamentares a isenção da cobrança do Imposto de Renda sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Representados pela FUP e Sindipetro Caxias, os petroleiros apresentaram a proposta dos trabalhadores ao ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República, e ao deputado Marco Maia (PT/RS), presidente da Câmara dos Deputados, que recebeu os sindicalistas no Palácio do Planalto, quando ocupava interinamente o cargo de presidente do país. 

  

Sérgio Abade, diretor do Sindipetro Caxias, e o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, participaram de reuniões com o ministro Giberto Carvalho e o deputado Marco Maia, que ocupava interinamente a Presidência da República

A proposta prevê isenção do IR sobre PLR de até R$ 8 mil anuais e reduções progressivas sobre as allíquotas de 7,5% a 27,5%. Por exemplo, um trabalhador que atualmente ganha R$ 16 mil de PLR e que desconta IR de R$ 3.676,05, teria o imposto reduzido para R$ 900,00. Já um trabalhador que ganha R$ 20 mil de PLR, o desconto do IR atual é de R$ 4.776,05. Pela proposta da CUT, os trabalhadores teriam o imposto reduzido para R$ 1.785,00. Aqueles que recebem uma PLR acima da média também seriam beneficiados pela proposta apresentada ao governo. É o caso, por exemplo, de um trabalhador que recebe R$ 30 mil de PLR e que pela regra atual paga R$ 7.526,05 de imposto de renda. Com a redução da alíquota, ele passaria a pagar R$ 4.522,50. A CUT, junto com a FUP, bancários, metalúrgicos do ABC e químicos, reivindicam que o governo transforme essa proposta em uma Medida Provisória para que os trabalhadores possam ter direito à isenção do IR na PLR do próximo ano.

O argumento principal é de que os lucros e dividendos recebidos pelos acionistas das, são isentos de imposto de renda desde 1996. Já os trabalhadores, que utilizam a PLR para complementar a renda, movimentando ainda mais a economia, são obrigados a pagar imposto sobre os valores recebidos. Segundo cálculos da CUT, a isenção do IR sobre a PLR representará cerca de R$ 1,6 bilhão a mais no consumo da classe trabalhadora, com reflexos diretos na economia do país. Tanto o deputado Marcos Maia, quanto o ministro Gilberto Carvalho foram bastantes receptivos à proposta e se comprometeram a defender a reivindicação perante a presidenta Dilma Rousseff.

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