FUP e Sindipetro-AM mobilizados em defesa da Reman

Luta é para garantir os investimentos que estavam previstos para as obras de modernização da refinaria…





Imprensa da FUP

Garantir os investimentos que estavam previstos para as obras de modernização da Reman e impedir que a refinaria seja reduzida a um mero terminal de distribuição. Esta é a luta que FUP e o Sindipetro-AM têm travado, mobilizando trabalhadores, movimentos sociais, parlamentares e a sociedade amazonense como um todo. No dia 14, uma passeata organizada pelo sindicato e pela FUP levou mais de duas mil pessoas ao Centro de Manaus, em defesa da Reman. “A Reman não pode parar. Modernização é o nosso desafio – Investimentos já” cobraram os trabalhadores, estudantes e parlamentares que participaram da passeata.

Na quarta-feira, 16, os sindicalistas também entregaram em mãos ao presidente Lula o mesmo documento que a FUP já havia apresentado à candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff, durante sua participação na II Plenafup. O documento relata a situação da Reman e os riscos e impactos que o estado do Amazonas sofrerá caso não sejam realizadas as obras de modernização da refinaria.

A mobilização da FUP e do Sindipetro-AM em defesa da Reman tem incluído também ações integradas, buscando o apoio de toda a bancada de parlamentares do Amazonas, assim como do governador Omar Aziz.  Nas próximas semanas, estão previstas audiências públicas na Assembléia Legislativa do Amazonas e na Comissão da Amazônia da Câmara dos Deputados Federais

Entenda o fato

A Reman é a única refinaria da região Norte do pais e emprega atualmente 380 trabalhadores próprios e 900 terceirizados, além de gerar cerca de dez mil empregos indiretos na região do Amazonas. Para que possa continuar com suas atividades, a unidade precisa se adequar às novas exigências ambientais, modernizando o seu parque de refino, pois terá que ter condições de produzir os derivados de petróleo com baixo teor de enxofre, como será obrigatório por lei a partir de 2013. A obra de modernização da Reman está prevista pela Petrobrás desde 2005, entrou no orçamento da empresa para o período 2009-2013, mas foi retirada do planejamento estratégico de 2010-2014. O custo da obra é de 780 milhões de dólares, ou seja, 0,86% dos recursos previstos pela Petrobrás para os investimentos que constam em seu atual planejamento financeiro. 

Se a obra de modernização do parque de refino da Reman não for realizada, a refinaria será obrigada a deixar de produzir derivados de petróleo e se tornará uma mera armazenadora de produtos, ou seja, um terminal de distribuição. Isso resultará em perda de pelo menos 10 mil postos diretos e indiretos de trabalho no estado do Amazonas, assim como em cortes anuais de R$1,4 bilhões de arrecadação de ICMS.