FUP e sindicatos discutem agenda dos trabalhadores do setor privado

Estiveram presentes ao encontro dirigentes dos sindicatos do Espírito Santo, Norte Fluminense, Bahia e Rio Grande do Norte…





Imprensa da FUP

A Secretaria de Relações Internacionais e Setor Privado da FUP realizou nos dias 17 e 18, na sede da Federação, no Rio de Janeiro, uma reunião com os sindicatos que representam as principais bases de trabalhadores das empresas de petróleo do setor privado. Estiveram presentes ao encontro dirigentes dos sindicatos do Espírito Santo, Norte Fluminense, Bahia e Rio Grande do Norte. Além de avaliar as campanhas reivindicatórias do setor e traçar estratégias para as negociações em andamento e as que se iniciam no próximo ano, a reunião também tratou de duas questões que têm impactado diretamente os trabalhadores: a redução dos investimentos da Petrobrás na exploração e perfuração dos campos terrestres e a concorrência predatória gerada pelo modelo de contratação da estatal.

Os dirigentes sindicais apontaram como prioridades nas negociações com o setor privado ampliar as condições de trabalho e segurança, acabar com a sobrecarga de jornadas e aumentar os efetivos das empresas. A reunião também elencou as questões de maior complexidade que as entidades sindicais têm enfrentado, como os impactos da desmobilização dos campos terrestres sobre os trabalhadores, as ações antissindicais das empresas privadas e a precarização das condições de trabalho e salários gerada pelo atual modelo de contratação da Petrobrás. Os dirigentes sindicais encaminharam para a diretoria colegiada da FUP uma pauta propondo o agendamento de reuniões com a Petrobrás e o governo para cobrar a retomada dos investimentos nos campos terrestres de produção e discutir mudanças na forma de contratação da estatal.

Ações antissindicais incentivam a precarização

Outras questões que serão discutidas pela direção da FUP é a unificação das campanhas reivindicatórias dos trabalhadores do setor privado e estratégias para combater as ações antissindicais das empresas e avançar na representatividade dos trabalhadores das operadoras de petróleo que atuam no Brasil. Na semana passada, a FUP e representantes da central sindical holandesa (FNV) e da ICEM se reuniram para discutir a criação de uma rede internacional de trabalhadores da Shell. A multinacional atua no Brasil desde 2002 e até hoje resiste em reconhecer a FUP e os sindicatos de petroleiros como representantes dos trabalhadores que atuam na área de exploração e produção de petróleo. Ações sindicais como esta aumentam a precarização das condições de trabalho e segurança. A Shell, por exemplo, terceiriza todas as plataformas na Bacia de Campos e no Espírito Santo, contratando empresas que também não reconhecem a representatividade sindical dos trabalhadores.