Na reta final desta eleição plebiscitária, onde o que está em jogo é a escolha entre democracia e fascismo, o resultado que sairá das urnas também será decisivo para o futuro da classe trabalhadora e do Estado brasileiro.
A Petrobrás, mais do que em qualquer outro momento da história, será fortemente impactada por essas eleições. O destino da empresa estará não só nas mãos do presidente que for eleito, como dos deputados e senadores.
Por isso, a FUP e seus sindicatos – assim como fizeram a CUT e outras centrais sindicais, os principais movimentos sociais organizados e diversas entidades de classe desse país – aprovaram o apoio a candidaturas de petroleiros sindicalistas para lutar pela pauta da categoria em Brasília e nas assembleias estaduais. A decisão foi ratificada por centenas de trabalhadoras e trabalhadores nas plenárias nacionais da FUP e nos congressos regionais dos sindicatos filiados.
O ex-coordenador geral da FUP, José Maria Rangel, atual coordenador da Setorial Nacional de Energia do Partido do Trabalhadores (PT) e diretor licenciado do Sindipetro Norte Fluminense, é a principal aposta da categoria para ocupar uma vaga na Câmara dos Deputados Federais. Ele é candidato pelo PT/RJ, com apoio nacional dos petroleiros da FUP e também de diversos movimentos sociais que historicamente defendem a soberania energética, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a Consulta Popular, entre outras organizações populares.
Além de Zé Maria, a FUP e seus sindicatos também lançaram candidaturas de dirigentes sindicais petroleiros a deputado estadual na Bahia, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Radiovaldo, ex-diretor da FUP e atual diretor licenciado do Sindipetro BA, disputa uma vaga na Assembleia Legislativa da Bahia, pelo PT. No Rio de Janeiro, concorre o diretor licenciado do Sindipetro NF, Alessandro Trindade, candidato a uma vaga na ALERJ pelo PT. Em São Paulo, os petroleiros lançaram Alexandre Castilho, diretor licenciado do Sindipetro Unificado, em uma candidatura coletiva sindical e popular, encabeçada pelo professor Douglas Izzo, do PT.
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Para além das candidaturas de dirigentes sindicais fupistas, os petroleiros e petroleiras apoiam candidatas e candidatos aos governos estaduais, ao Senado, à Câmara de Deputados e às Assembleias Legislativas estaduais comprometidos com a defesa da Petrobrás e dos direitos dos trabalhadores. Líder disparado em todas as pesquisas eleitorais, Lula precisará de muito apoio no Congresso Nacional e também nos estados para retomar os programas sociais, recuperar a economia do país e tentar reverter o desmonte do Sistema Petrobrás.
É no mínimo incoerente que trabalhadores organizados elejam deputados e senadores que votaram pela retirada de direitos, pela terceirização irrestrita, pelas reformas previdenciárias e trabalhistas, pelas privatizações. No caso dos petroleiros e petroleiras, que lutam contra o desmonte da Petrobrás, não será prudente, por exemplo, o voto em parlamentares que aprovaram mudanças no regime de partilha do pré-sal, que retiraram da estatal a garantia de ser a operadora única e de ter participação mínima de 30% nos campos leiloados.
Por tudo isso, o Comitê Popular de Luta dos Petroleiros e Petroleiras elencou em todos os estados as candidaturas que estão alinhadas com a defesa intransigente da Petrobrás e dos direitos dos trabalhadores (veja abaixo).
candidatos dos petroleiros“As pessoas costumam achar que, uma vez eleito, o presidente pode fazer tudo, mas sabemos que não é assim que as coisas acontecem. O presidente vai precisar de um parlamento forte, que o ajude a aprovar as medidas necessárias para reconstruir as políticas públicas e reverter os danos causados por esse desgoverno”, alerta o coordenador da FUP, Deyvid Bacelar.
Ele explica a importância dos comitês de luta dos petroleiros estarem empenhados em eleger um número expressivo de deputados e senadores comprometidos com as mudanças que o Brasil tanto necessita: o combate à fome e à desigualdade social, a geração de empregos e retomada do crescimento econômico do país e, principalmente, a recuperação da Petrobrás.
“Nossa prioridade é mudar o rumo da Petrobrás e fazer com que ela volte a atuar em defesa do interesse dos brasileiros e não do mercado financeiro, praticando preços de acordo com a realidade nacional, garantindo investimento nos locais onde atua, dinamizando a economia e gerando empregos. Vamos eleger Lula no primeiro turno e os candidatos que estão junto com a gente nessa luta”, conclama Deyvid.
[Da imprensa da FUP]