Entre 02 e 05 de julho, a FUP realizará sua I Plenária Nacional no Assentamento do Contestado…
Imprensa da FUP
Entre 02 e 05 de julho, a FUP realizará sua I Plenária Nacional no Assentamento do Contestado, na cidade de Lapa, no Paraná. Os debates terão como eixo a unidade de classe dos trabalhadores e envolverão os companheiros do MST, anfitriões desta I Plenafup e aliados sempre presentes nas principais lutas da categoria.
Os trabalhadores rurais estão tendo um papel fundamental na campanha “O petróleo tem que ser nosso”, através da qual a FUP e seus sindicatos têm buscado a unidade com os movimentos sociais para mudar a atual Lei do Petróleo. O objetivo desta luta é restabelecer o controle estatal sobre o setor e garantir que a Petrobrás seja uma empresa 100% pública e com compromisso social.
Em entrevista recentemente divulgada, Joba Alves, um dos coordenadores nacionais do MST, explica porque os trabalhadores rurais entraram de corpo e alma na luta por uma nova Lei do Petróleo:
“A nossa luta em defesa do petróleo é antiga. Depois da eleição de FHC, participamos da campanha contra as mudanças neoliberais do setor e ocupamos junto com os petroleiros o Salão Verde da Câmara dos Deputados em 1995. Com a descoberta das riquezas do pré-sal, grandes empresas e o imperialismo se movimentaram para manter o atual modelo de concessões, que entregam nossas riquezas ao grande capital. Diante disso, percebemos que só será possível garantir que essa riqueza se converta em melhores condições de vida se fizermos lutas de massa em defesa da soberania nacional.
Vamos usar para o trabalho com a população um instrumento de abaixo-assinado de iniciativa popular e queremos fazer da coleta de assinaturas uma forma de envolver, organizar e dar unidade de ação à militância dos movimentos sociais, sindicatos, professores, estudantes e igreja, como fizemos no plebiscito contra a Alca. Convocamos todos os militantes a organizar debates em escolas, universidades, associações e igrejas sobre o tema do petróleo. Vamos discutir com o povo mudanças no marco regulatório, que garantam a retomada do monopólio estatal sobre as nossas jazidas, o cancelamento dos leilões e a criação de um fundo soberano social para vincular os recursos do petróleo a investimentos em saúde, educação, moradia e reforma agrária. Precisamos lutar também para que a Petrobrás seja 100% pública e com compromisso com o povo e com o país”.