FUP e Confederação de Vigilantes defendem ações por igualdade de condições de trabalho na Petrobrás

Dirigentes da Confederação Nacional dos Vigilantes e Prestadores de Serviços (CNTV-PS)…

CUT

 

Dirigentes da Confederação Nacional dos Vigilantes e Prestadores de Serviços (CNTV-PS) e da Federação Única dos Petroleiros (FUP) reuniram-se no Rio de Janeiro, na última sexta-feira (23) para discutir estratégias que assegurem igualdade de direitos e condições de trabalho para vigilantes e petroleiros contratados por empresas que prestam serviços à Petrobrás.

 
O processo de negociação coletiva da categoria de petroleiros, que está em andamento, coloca em pauta, pela primeira vez, a discussão sobre os direitos dos trabalhadores terceirizados.

A FUP decidiu encampar a luta contra a precarização, a desigualdade, e a discriminação a que estão submetidos os terceirizados que atuam no setor de petróleo.

Em relação aos vigilantes, a pauta atende a uma decisão do último Congresso da CNTV, que propõe a soma de esforços e a unificação de direitos com os trablhadores contratados diretamente pela Petrobras.

 

A pauta da FUP prevê:

 

– o funcionamento permanente de uma Comissão Conjunta de Terceirização junto à direção da Petrobras para tratar das condições de trabalho dos terceirizados;

 

– a equiparação das condições de trabalhos dos terceirizados às dos empregados diretos em relação a questões como jornada de trabalho, repouso, remuneração, entre outras;

 

– acesso aos contratos de terceirização;

 

– constituição e funcionamento de Comissões Regionais para tratar de questões de terceirizados;

 

– garantia de pisos salariais mínimos nunca inferiores a 2 salários mínimos, pagamento de PLR; auxílio-alimentação de, no mínimo R$ 200,00; assistência médica e transporte adequado; liberdade sindical; pagamento de hora in itinere, entre outros.

 

Os companheiros do Paraná já deram mostras do acerto desta luta. Este ano, uma mobilização que envolveu mais de dez mil trabalhadores, garantiu diversas conquistas para a categoria.

 

A Petrobras conta hoje com cerca de 54 mil trabalhadores diretos e 260 mil indiretos.
Os terceirizados são submetidos, na maioria dos casos, a condições bem diferenciadas e precárias.

Os vigilantes sabem muito bem das dificuldades que enfrentam por conta desse tratamento diferenciado. A categoria é submetida a transporte e alimentação precários e plano de saúde de má qualidade. Além disso, vive o problema do abismo salarial, de jornada e condições de trabalho muito inferiores às oferecidas a vigilantes diretos da Petrobrás.

 

A CNTV, que atua em parceria com os bancários, e chegou a produzir um jornal unificado nacional, orienta os Sindicatos e Federações de Vigilantes de todo o país a levarem esta discussão para as bases, por meio de assembleias específicas.

Recomenda, ainda que os Sindicatos que representam os vigilantes procurem os Sindicatos dos Petroleiros locais e cuidem da mobilização para apoiar e participar de forma ativa da campanha salarial dos petroleiros.