FUP discute agenda dos petroleiros com ministro Gilberto Carvalho

Questões como o fortalecimento da atuação da Petrobrás na exploração dos campos terrestres de petróleo, benzeno e aposentadoria especial foram tratadas





Imprensa da FUP

Em reunião nesta quinta-feira, 12, com o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, a FUP voltou a defender o fortalecimento da atuação da Petrobrás na exploração dos campos terrestres de petróleo. Os dirigentes da Federação ressaltaram para o ministro a preocupação com a informação que tiveram de que o CNPE (Conselho Nacional de Pesquisas Energéticas) teria encaminhado para a presidenta Dilma Rousseff uma proposta de regulamentação da participação das empresas de pequeno e médio porte na exploração de petróleo.

A FUP ressaltou que essas empresas vêm realizando nos últimos anos um forte lobby junto ao Congresso Nacional e ao governo para se apoderar dos campos de produção terrestre que são operados pela Petrobrás. Os sindicalistas destacaram que a categoria continua mobilizada para impedir qualquer movimentação neste sentido e cobrou o agendamento de uma reunião com o governo para discutir esta questão antes que a proposta de regulamentação seja avaliada.

O coordenador da FUP, Moraes, e os diretores Ubiraney e Simão participam da reunião com o ministro, assessorados pelo economista do Dieese, Henrique Jager

Foi com mobilização e muita pressão que a FUP garantiu em junho do ano passado o veto do presidente Lula ao trecho da lei de capitalização da Petrobrás, que permitia a estatal utilizar seus ativos terrestres para ressarcir a União na operação de cessão onerosa. A luta, portanto, continua.

Benzeno e aposentadoria especial

Na reunião com o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, a FUP também reiterou a necessidade do governo implementar uma política de Estado que coíba a sonegação da alíquota extra do GFIP, que não está sendo recolhida, como deveria pelas empresas que têm trabalhadores expostos a agentes nocivos à saúde, entre eles o benzeno. No caso dos petroleiros, a Petrobrás e as demais empresas do setor não estão recolhendo a alíquota extra, onerando a previdência pública, que acaba assumindo uma dívida que é dos patrões no momento de conceder a aposentadoria especial aos trabalhadores que sofreram exposição ao benzeno e a outros agentes químicos. A FUP também denunciou ao ministro a intenção da Petrobrás de impor em suas unidades um “limite de tolerância” à exposição ao benzeno, produto altamente cancerígeno, e reiterou que a categoria está mobilizada para impedir este ataque.

Agenda permanente

A FUP propôs um calendário permanente de reuniões para discutir periodicamente com o governo questões ligadas à soberania nacional, setor energético e demais reivindicações dos petroleiros. O ministro Gilberto Carvalho concordou com a proposta e acertou a realização de reuniões bimestrais com a Federação.