A Federação Única dos Petroleiros apresentou representação ao Ministério Público Federal para apuração de atos de improbidade praticados pelo presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, e pelos membros do Conselho de Administração da Companhia, que aprovou mudança na proporção máxima de gestores ocupantes de cargo em comissão oriundos do mercado, ou seja, sem vínculo empregatício com a empresa.
Foi elevada de 30 para 40% a proporção máxima de gestores de nomeação livre, vindos do mercado privado. Esta medida possibilitará o “toma lá, dá cá” que o Governo Federal articula como forma de conquistar apoio político de aliados para a sua base de sustentação no Congresso Nacional.
Trata-se de medida escandalosa, que viola os princípios do direito administrativo. Não bastasse a ilegalidade, existe ainda a peculiaridade do momento em que a Petrobrás aprova esse aumento. Em meio à atual crise, durante a qual a empresa corta salários de seus empregados efetivos e concursados, são alargadas as portas de entrada para cargos comissionados em benefício daqueles que defendem os interesses do mercado privado.