Durante o seminário "O Brasil diante do pré-sal", a Federação Única dos Petroleiros (FUP) defendeu a reestatização …
Durante o seminário "O Brasil diante do pré-sal", a Federação Única dos Petroleiros (FUP) defendeu a Petrobras 100% pública, juntamente com a volta do monopólio estatal. O coordenador da entidade, João Antonio de Moraes, leu uma carta encaminhada aos parlamentares pelas entidades que fazem parte da campanha "O petróleo tem de ser nosso".
A carta também criticou a instalação da CPI da Petrobras, alertando para o fato de que a ação pode desestabilizar a empresa, responsável por 20% dos investimentos no Brasil. "O objetivo da CPI é impedir as mudanças na legislação que visam restabelecer o controle nacional sobre o petróleo", disse.
O presidente da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Haroldo Lima, explicou que o monopólio estatal do petróleo deixou de existir em quase todos os países do mundo, mas disse que qualquer modelo de sucesso no mundo inclui o regime aberto com presença estatal, e regulação cada vez mais profunda.
"Temos delegações do México na ANP sempre, para saber como eles vão sair do modelo, sem entregar tudo aos Estados Unidos", explicou. O México é um dos últimos países com monopólio estatal da exploração de petróleo.
Capacidade brasileira
Os deputados Paulo Rubem Santiago (PDT-PE) e Fernando Marroni (PT-RS) defenderam a capacidade brasileira para gerir a exploração do pré-sal. E o deputado Eduardo Valverde (PT-RO) propôs a utilização de títulos da dívida poderiam recomprar ações da Petrobras.
O líder do PDT Brizola Neto (RJ) lembrou que o seminário feito pelo partido sobre a produção do pré-sal aconselhou que a discussão do assunto precisa ser feita do ponto de vista da soberania e do interesse nacional.
Os deputados Fernando Chiareli (PDT-SP) e Edson Luiz (PDT-MA) frisaram que embora o partido ainda não tenha definido o melhor modelo a defender, esperam aprofundar a discussão e cobrar do governo uma posição firme, que não entregue os recursos naturais brasileiros.
Já Arnaldo Jardim (PPS-SP) elogiou o setor, que se modernizou e se sofisticou, apesar das previsões de que a nova a legislação significaria um golpe na Petrobras.