Iniciada na segunda-feira (17), a greve dos trabalhadores de Furnas, Cepel e Eletrobrás já atinge 80% de adesão. FUP declara seu apoio aos trabalhadores e trabalhadoras grevistas
A direção da Eletrobrás alterou o custo no plano de saúde dos funcionários e isso deflagrou uma greve por direitos que começou na segunda-feira,17. De forma unilateral, sem consultar nem acordar com a representação dos trabalhadores, a gestão decidiu diminuir sua participação nos custos do plano, elevando de 10% a 40% o custo a ser pago pelos trabalhadores.
Trata-se de um direito conquistado com muita luta. A notícia preocupou muito à categoria e tem gerado ampla mobilização. Com o aumento, muitos trabalhadores não poderão mais pagar o plano. Esperam que a gestão abra espaço para o diálogo.
Em nota, a Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste afirmou: “A mudança nos valores e, inclusive, no formato do nosso principal benefício é preocupante, mas se torna ainda mais grave em um momento de crise sanitária mundial, com perdas de milhares de vidas e aumento crescente no de casos de COVID-19 em nosso país. Consideramos, por tanto, a falta de diálogo da Eletrobras para resolver essa questão um verdadeiro ato de desumanidade”. E acrescenta: “Lamentamos que este governo e a direção da Eletrobras trate as questões que envolvem a saúde e a preservação da vida como insignificantes”.
Os petroleiros, assim como os eletricitários, lutam contra o desmonte da AMS, plano de saúde da categoria que vem sendo atacado pela direção da Petrobras. A saúde é prioridade e, como tal, deve ser respeitada pelos gestores da Eletrobras, Furnas e Cepel. Veja abaixo a declaração do coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar: