FUP critica distorções da mídia nas reportagens sobre corrupção na Petrobrás

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Em editorial publicado nesta quinta-feira, 25, na edição 1156 em seu informativo Primeira Mão, distribuido aos trabalhadores do Sistema Petrobrás, a FUP critica as distorções da mídia nas reportagens sobre corrupção na Petrobrás, envolvendo o ex-diretor da empresa Paulo Roberto Costa. Leia a íntegra:

Colocando os pingos nos is

Quando o assunto é corrupção nas empresas estatais e órgãos do governo, a tendência da mídia sempre foi de desqualificar e desmoralizar a gestão pública e, assim, justificar a defesa do Estado Mínimo e das privatizações. No caso da Petrobrás, a cobertura da imprensa ganhou também um foco eleitoral. Reportagens maliciosas e tendenciosas estão colocando em risco o trabalho feito pela polícia federal, através de vazamentos de provas e informações que podem prejudicar a própria investigação. Tudo isso para que a mídia partidarizada siga tratando o caso como a “quadrilha do PT” e, nessa mesma lógica de raciocínio, seguem Aécio e Marina, se aproveitando eleitoralmente para atacar a Petrobrás.

Para a população brasileira e parte dos petroleiros, a distorção feita pela mídia confunde muito mais do que esclarece. A imprensa, Aécio e Marina se referem ao ex-diretor Paulo Roberto Costa como alguém que o PT colocou para “assaltar” a Petrobrás, quando na verdade é o contrário: ele sempre ocupou cargos estratégicos na empresa nos governos passados, mas só agora, no governo do PT, está sendo finalmente investigado.

A mídia não informa, mas Paulo Roberto ingressou na Petrobrás em 1977 e passou por diversas funções de chefia, como a Superintendência da Região de Produção do Sudeste. Mas foi no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que ele começou a se articular politicamente e começou a participar da gestão da empresa, ocupando postos decisivos, como a Gerência Geral do E&P Sul e a diretoria da Gaspetro. Seu padrinho político é o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), ex-ministro da Indústria e Comércio no governo FHC e atualmente presidente nacional do partido, que apoia Aécio Neves (PSDB).

Além de omitir o currículo de Paulo Roberto, a imprensa ainda o trata como herói travestido de “homem bomba”, desde que faça o jogo certo e delate apenas aqueles que interessem à mídia denunciar. Portanto, é fundamental que ainvestigação da Polícia Federal prossiga com independência e autonomia, como assegura o governo Dilma, para que os órgãos da Justiça possam julgar e punir os culpados. O que não podemos admitir é que a Petrobrás continue sendo desmoralizada dia e noite pela imprensa, que se aproveita politicamente dos fatos para tentar enfraquecer a empresa que é a operadora única do pré-sal.  A FUP e seus sindicatos continuarão lutando para que a Petrobrás seja cada vez mais fortalecida para investir no Brasil e continuar contribuindo para o desenvolvimento nacional.

Fonte: FUP