FUP convoca mobilização nacional nesta sexta,17, em defesa da vida

Petroleiros farão atrasos no expediente em protesto contra acidente fatal na Bahia e em defesa de uma assistência médica de qualidade





Imprensa da FUP

A FUP indicou aos seus sindicatos que realizem nesta sexta-feira, 17, atos e atrasos na entrada do expediente nas diversas unidades do Sistema Petrobrás, por melhores condições de trabalho, saúde e segurança para todos os trabalhadores, próprios e terceirizados. No último dia 11, mais um trabalhador foi vítima da precarização e da insegurança crônica que afetam principalmente os trabalhadores terceirizados. Gutemberg Lima de Oliveira, 45 anos, funcionário da empreiteira GDK, morreu durante um acidente de trabalho no ativo de produção Norte, em Araçás, na Bahia. Há menos de um mês, outro trabalhador terceirizado perdeu a vida em acidente na Revap, em São José dos Campos (SP).

Além da insegurança e precarização das condições de trabalho, que colocam em risco constantemente a vida dos petroleiros, a categoria sofre ainda a ineficiência dos serviços de assistência à saúde. Nas empresas privadas, os planos oferecidos aos trabalhadores são precários e, quase sempre, de pequena cobertura. Muitos trabalhadores terceirizados sequer têm direito à assistência médica e/ou odontológica. No Sistema Petrobrás, onde a AMS até um tempo atrás era um benefício de referência para os demais trabalhadores, os petroleiros também sofrem uma série de dificuldades em relação ao atendimento, liberação de exames, internações, cobertura, reembolso de procedimentos, entre tantos outros problemas.

A mobilização nacional desta sexta-feira, 17, cobrará da Petrobrás e das empresas prestadoras de serviço respeito à vida e a saúde dos trabalhadores. O direito à vida, que deveria ser prioridade para as empresas do setor, continua sendo menosprezado, em detrimento dos lucros e da produção. Ter um ambiente seguro de trabalho, uma assistência de saúde de qualidade e uma política de SMS que cumpra o papel de prevenir acidentes e doenças, mais do que um direito da categoria, é um dever das empresas, principalmente aquelas que dizem ter responsabilidade social. Nesta sexta-feira, os trabalhadores mais uma vez, estarão mobilizados em defesa da vida.