FUP convoca mobilização nacional na sexta, em defesa da vida

alt

FUP

A FUP convoca todos os petroleiros e petroleiras a participarem na sexta-feira, 27, das mobilizações que anteciparão o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, celebrado no dia 28 de abril (que este ano cai no sábado). Mais do que um dia de reflexão e homenagens aos milhares de homens e mulheres que perderam a vida e foram mutilados em acidentes de trabalho, nesta sexta-feira, vamos intensificar a luta e as denúncias do movimento sindical classista sobre os riscos diários a que são submetidos os trabalhadores em função da precarização de direitos e das condições de segurança, dos ambientes insalubres, das metas absurdas, dos assédios moral e sexual.

No Sistema Petrobrás, o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho não faz parte do calendário oficial do SMS. Cabe, portanto, aos trabalhadores se manifestarem, cobrando participação efetiva na construção de políticas que priorizem a vida e rompam com o autoritarismo que ainda impera nas relações de trabalho. Vamos exigir um basta às mortes, acidentes e doenças que nos tornam vítimas do trabalho. Esse ano, já perdemos dois companheiros terceirizados em acidentes fatais na empresa. Desde 1995, acumulamos 313 vidas perdidas em acidentes de trabalho, dos quais mais de 80% foram com terceirizados.

Uma tragédia que se repete com mais ou menos intensidade em todas as outras categorias. Segundo dados oficiais, um trabalhador morre a cada 3,5 horas no Brasil. Entre os 2,3 milhões de acidentes comunicados ao INSS entre 2008 e 2010, envolvendo, portanto, somente trabalhadores registrados, 41.798 deles incapacitaram permanentemente as vítimas. A grande maioria dos trabalhadores acidentados teve dedos, mãos e braços amputados. Em todo o mundo, segundo dados da OIT, ocorrem anuamente cerca de 270 milhões de acidentes de trabalho, além de aproximadamente 160 milhões de casos de doenças ocupacionais. A OIT estima que diariamente o mundo perca 5 mil trabalhadores em acidentes fatais, o que significa, três vidas a cada minuto. Uma tragédia que vitima ao ano cerca de 22 mil crianças, em função do trabalho infantil.

Não podemos silenciar, muito menos nos omitir, em relação a absurdos como estes. Uma realidade da qual fazemos parte e que podemos alterar. Em nome de cada um dos companheiros que perdemos em acidentes de trabalho e para que outras mortes sejam evitadas, convocamos a categoria a participar das manifestações do dia 27, somando-se às mobilizações organizadas pelos sindicatos e centrais sindicais. Basta de mortes e incapacitações. A vida deve estar sempre em primeiro lugar.