FUP constrói agenda unitária em defesa dos trabalhadores da Refinaria Riograndense

Diretores da FUP estiveram nos dias 17 e 18 de dezembro na cidade do Rio Grande, no extremo sul do Brasil…

Imprensa da FUP

Diretores da FUP estiveram nos dias 17 e 18 de dezembro na cidade do Rio Grande, no extremo sul do Brasil, onde fica localizada a primeira refinaria do país, a antiga Ipiranga, atualmente Refinaria Riograndense, cujos trabalhadores pertencem à base sindical da Federação. O Coordenador Geral da FUP, João Antônio de Moraes, o Diretor de Administração e Finanças, José Genival da Silva, e o Diretor de Relações Internacionais e Setor Privado, Anselmo Ernesto Ruoso, reuniram-se com dirigentes do Sindipetro Rio Grande, conheceram o parque de refino e participaram da confraternização de final de ano com os trabalhadores. A FUP reafirmou que a incorporação da refinaria à Petrobrás continua sendo bandeira de luta da categoria e está destacada no projeto de uma nova Lei do Petróleo, construído em conjunto com os movimentos sociais. O projeto está em tramitação no Senado Federal, como PL 531/2009.

 
A FUP também discutiu com os diretores do Sindipetro Rio Grande e os trabalhadores da refinaria a construção de uma agenda unitária em defesa dos direitos da categoria. O presidente do sindicato, José Marcos Olioni, pontuou problemas graves em relação à situação financeira da refinaria, cujos reflexos e impacto têm sido grande para os trabalhadores. Antes de ser adquirida pela Petrobrás, Brasken e Grupo Ultra, a unidade esteve na iminência de ser fechada. Apesar de em 2009 ter apresentado a maior produção dos últimos seis anos, o grau de endividamento da refinaria é alto devido ao desequilíbrio que existe entre os preços do petróleo cru (baseado no mercado internacional) e o dos derivados que são vendidos internamente no país com preços controlados pelo governo.
 
 
Os trabalhadores, portanto, continuam em um cenário de incertezas em relação aos seus postos de trabalho. Além disso, a direção da Riograndense insiste em repassar para os trabalhadores o ônus dos erros de gestão da antiga administração. A campanha reivindicatória ainda não foi concluída, pois a refinaria se aproveita das dificuldades econômicas para tentar rebaixar ainda mais as condições de trabalho e salários dos petroleiros. Soma-se a isso o desrespeito à liberdade de organização dos trabalhadores, através de práticas antissindicais, como a proibição do acesso dos dirigentes do sindicato ao parque de refino.
 
 
A FUP reafirmou que continuará lutando pela manutenção da refinaria e sua encampação pela Petrobrás, mas jamais aceitará que os trabalhadores sejam prejudicados e atacados em seus direitos. Junto com o Sindipetro Rio Grande, a Federação intensificará as gestões políticas e para garantir os direitos dos trabalhadores, assim como a preservação de todos os postos de trabalho.