Em reunião com a Gerência de Recursos Humanos, nesta quinta-feira (14), a direção da Federação Única dos Petroleiros cobrou esclarecimentos sobre a obrigatoriedade dos trabalhadores de autorizar acesso as suas informações do imposto de renda. A empresa aproveitou ainda para apresentar um projeto para a criação de um novo Plano de Cargos. Por fim, a FUP cobrou uma posição sobre a PLR.
Sobre a questão da obrigatoriedade de expor o Imposto de Renda através do botão compartilhado, o coordenador geral da FUP, Simão Zanardi, questionou sobre o sigilo em relação ao documento. De acordo com ele, os trabalhadores precisam ter a segurança de que não terão seus dados divulgados pela empresa e solicitou que esteja escrito no recibo do botão compartilhado que o IR está em sigilo e apenas o Tribunal de Contas da União terá acesso, caso solicitado. A empresa também apresentou as fundamentações jurídicas sobre esta obrigatoriedade.
A gerência de RH aproveitou a reunião para apresentar um projeto de mudanças no atual Plano de Classificação e Avaliação de Cargos (PCAC), nomeado agora de Plano de Carreiras e Remuneração (PCR), onde separa os trabalhadores apenas em duas carreiras: nível técnico e nível superior. Em um primeiro olhar crítico da FUP, alertou-se que tem características similares aos de empresas privadas como a Shell e a Statoil, no qual, segundo a empresa, serviram de inspiração. A FUP irá analisar, com assessoria do DIEESE, os impactos deste novo plano para os trabalhadores.
Por fim, em relação ao pagamento da PLR 2017, a direção da FUP voltou a reafirmar que concorda com o pagamento nos moldes de 2015, desde que seja para todos os trabalhadores do Sistema Petrobrás. Porém a gerência ainda insiste em excluir os petroleiros da FAFEN-PR. O coordenador geral da Federação pediu para que os gestores apresentem o acordo de PLR em mesa de negociação para ser assinado, com o respeito que todos os trabalhadores da Petrobrás merecem.