As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo aderiram, nesta quinta-feira (2), às mobilizações convocadas pela CUT e demais centrais sindicais para o Dia Nacional do Basta, em 10 de agosto. A decisão foi tomada na reunião entre os representantes das entidades que compõe as duas Frentes, entre elas MST, MTST, UNE, Marcha Mundial de Mulheres e Conen.
O Dia Nacional de Mobilização e Paralisação está ganhando forças e adesões de trabalhadores e trabalhadoras em todo Brasil. O objetivo é dizer basta de desemprego, de retirada de direitos, de privatizações, de aumentos abusivos nos preços dos combustíveis e de sofrimento para o povo brasileiro.
“As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, mais uma vez, serão protagonistas junto com as centrais sindicais nesse processo. Sei que os companheiros estarão apoiando o ato e cumprindo com seu papel decisivo”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas.
Segundo ele, nenhum dos atos que os sindicatos fizeram ocorreu sem o apoio fundamental das duas Frentes. “Neste dia 10 não será diferente, estaremos todos juntos em defesa dos trabalhadores e da democracia brasileira.”
Para o secretário-geral da CUT, Sergio Nobre, a unidade construída nesta quinta é fundamental para dizer basta no dia 10 de agosto. “A unidade das centrais com os movimentos sociais é o que garantirá a realização de um grande dia de luta pelo país.”
“Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo já estão confirmados. Mas este número vai crescer a cada dia, porque ainda há muitos estados na fase de organização.”
Movimentos sociais no Dia do Basta
O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Paulo, disse que o movimento já começou a organizar a mobilização para o dia 10.
“Nós estamos fazendo um grande debate com a sociedade sobre a importância de fazer a luta nos próximos dias. Além das mobilizações e paralisações, o dia 10 será um dia para discutir todos os temas da classe trabalhadora, em especial o tema do desemprego, da carestia, discutir como frear o processo de privatização em curso deste governo golpista”, disse.
A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Marianna Dias, destacou que só a luta pode mudar o momento que o País está passando e garantiu a presença dos estudantes na mobilização.
“É o dia do basta! Nós não queremos mais um Brasil governado por um presidente ilegítimo que tira os direitos do povo, massacra os trabalhadores, destrói as universidades públicas. Nós temos potencial de ser um País cada vez melhor. Então vamos para o dia 10, porque só a luta pode mudar nossa vida”, convocou Marianna.
Já a coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres, Sonia Coelho, destacou a importância da participação das mulheres nas mobilizações do dia.
“É fundamental que todos os movimentos de mulheres estejam presentes nas ruas porque nós temos muito basta a dizer. Basta de violência contra mulher, basta de salários baixos, basta do desemprego, que está pegando muito mais as mulheres e as mulheres negras, basta de reforma trabalhista e basta de golpe, porque queremos uma vida com igualdade”, afirmou.
O diretor da Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen), Flavio Jorge, falou da importância da participação dos negros e das negras no dia 10 de agosto.
“Somos maioria da população brasileira e os mais atingidos por este desmonte e perda de direitos. Basta! Dia 10 todo mundo na rua. Basta de desemprego, basta de retirada de direitos e basta de tanta maldade contra os trabalhadores e trabalhadoras.”
Dia 15 em defesa do registro da candidatura do Lula
As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo também vão se somar à mobilização do dia 15 de agosto, em Brasília, para defender o direito do registro da candidatura do ex-presidente Lula à Presidência da República.
“O MST chegará com três marchas e iremos ao TSE para dizer que nós queremos que Lula tenha o direito de ser candidato e que seja respeitada a constituição e a democracia. Ou seja: Lula vai registrar sua candidatura no dia 15 em Brasília”, garantiu o coordenador do MST, João Paulo.
O secretário-geral da Intersindical e representante da Frente Povo Sem Medo na reunião, Edson Carneiro, o Índio, reafirmou que Lula tem o direito de ser candidato e que os setores democráticos devem defender a liberdade do ex-presidente Lula e o direito dele inscrever sua candidatura e ser julgado pelo povo.
“Para a Intersindical, para os movimentos sociais, para os trabalhadores em geral, o presidente Lula tem o direito de ser candidato e não pode ficar encarcerado por meio de um processo que só tem por objetivo tirá-lo da eleição presidencial.”
[Via CUT]