Folha de São Paulo distorce inquérito da Polícia Federal sobre quebra de sigilo dos tucanos

O jornalista Luis Nassif divulga em primeira mão a razão do vazamento do inquérito e os motivos da manipulação pela Folha…





Imprensa da FUP com informações do Portal Luis Nassif e da Agência de Notícias da Polícia Federal

Em nota divulgada nesta quarta-feira, 20, a Polícia Federal desmentiu informação divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo, que estampou na manchete de hoje o seguinte título: “PF liga quebra de sigilo fiscal de tucano à pré-campanha de Dilma”.

A Polícia Federal concluiu que a quebra de sigilo “ocorreu entre setembro e outubro de 2009” (quando não havia pré-campanha) e que o levantamento das informações foi utilizado pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr. “no interesse de investigações próprias”. A nota da PF diz ainda que não foi comprovada a utilização dos dados em campanha política: “A Polícia Federal refuta qualquer tentativa de utilização de seu trabalho para fins eleitoreiros com distorção de fatos ou atribuindo a esta instituição conclusões que não correspondam aos dados da investigação”, afirma o texto.

O jornalista Luis Nassif divulgou em seu portal na internet que os tucanos estão por trás do vazamento do inquérito e das distorções feitas pela Folha. Leia abaixo:

A razão do vazamento do inquérito da PF

Para entender melhor o inquérito da Polícia Federal sobre a quebra do sigilo fiscal dos tucanos:

As investigações foram encerradas na semana passada, inclusive com a tomada de depoimento do repórter Amaury Jr por mais de dez horas.

A conclusão final do inquérito foi a de que Amaury trabalhou o dossiê a serviço do Estado de Minas e do governador Aécio Neves – como uma forma de se defender de esperados ataques de José Serra.

Em negociação com o Palácio, a cúpula da Polícia Federal decidiu segurar as conclusões para após as eleições, para não dar margem a nenhuma interpretação de que o inquérito pudesse ter influência política.

No entanto, a advogada de Eduardo Jorge – que tem acesso às peças do inquérito por conta de uma liminar na Justiça – conseguiu as informações. Conferindo seu conteúdo explosivo, aparentemente pretendeu montar um antídoto. Vazou as informações para a Folha, dando ênfase ao acessório – a aproximação posterior de Amaury com a pré-campanha de Dilma – para diluir o essencial – o fato de que o dossiê foi fogo amigo no PSDB.

Neste momento – segundo informações de repórteres de Brasília com acesso a investigadores – discute-se na PF a oportunidade ou não de uma coletiva para colocar as peças no devido lugar.

Aparentemente, a manobra de Eduardo Jorge com o jornal acabou sendo um tiro no pé. A partir de agora, não dará mais para a velha mídia ignorar o tema.

Veja abaixo a nota da Polícia Federal:

NOTA À IMPRENSA

Brasília/DF – Sobre as investigações para apurar suposta quebra de sigilo de dados da Receita Federal, a Polícia Federal esclarece que:

1-    O fato motivador da instauração de inquérito nesta instituição, quebra de sigilo fiscal, já está esclarecido e os responsáveis identificados. O inquérito policial encontra-se em sua fase final e, depois de concluídas as diligências, será encaminhado à 12ª Vara Federal do Distrito Federal;

2-    Em 120 dias de investigação, foram realizadas diversas diligências e ouvidas 37 pessoas em mais de 50 depoimentos, que resultaram, até o momento, em 7 indiciamentos;

3-    A investigação identificou que a quebra de sigilo ocorreu entre setembro e outubro de 2009 e envolveu servidores da Receita Federal, despachantes e clientes que encomendavam os dados, entre eles um jornalista;

4-    As provas colhidas apontam que o jornalista utilizou os serviços de levantamento de informações de empresas e pessoas físicas desde o final de 2008 no interesse de investigações próprias;

5-    Os dados violados foram utilizados para a confecção de relatórios, mas não foi comprovada sua utilização em campanha política;

6-    A Polícia Federal refuta qualquer tentativa de utilização de seu trabalho para fins eleitoreiros com distorção de fatos ou atribuindo a esta instituição conclusões que não correspondam aos dados da investigação.

 Ouça a entrevista coletiva da PF:

Por: Divisão de Comunicação Social

Tel.: (61) 2024-8142