A plataforma P-33 passou por inspeção da Procuradoria do Trabalho, nesta quarta-feira, 25, acompanhada pelo diretor do Sindipetro-NF…
A plataforma P-33 passou por inspeção da Procuradoria do Trabalho, na quarta-feira, 25, acompanhada pelo diretor do Sindipetro-NF , Armando Freitas. A unidade foi interditada após denúncias do sindicato sobre a insegurança e mantém as suas operações básicas. Outra unidade em estado grave, a P-31 também foi inspecionada pelo NF e pela DRT na terça, 24, e gerou uma notificação para que a empresa solucione 19 pendências de segurança.
Por solicitação do Ministério Público do Trabalho, o sindicato prepara documento que reunirá relatos sobre a situação das plataformas em relação às quais foramenviadas denúncias dos trabalhadores sobre insegurança.
Outra frente de atuação na fiscalização das condições de segurança das plataformas da Bacia de Campos foi aberta com visitas da ANP (Agência Nacional do Petróleo) às unidades. Em reunião com o presidente da Agência, Haroldo Lima, no último dia 19, o coordenador geral do Sindipetro-NF, José Maria Rangel, e o coordenador geral da FUP, João Moraes, foram informados de que a ANP pretende, até meados de 2011, inspecionar todas as plataformas da Bacia de Campos.
ACIDENTES CONTINUAM:
Mesmo sob ampla vigilância de órgãos fiscalizadores e do Sindipetro-NF , a Petrobrás continua a registrar casos de acidentes que, por sorte, não se tornam tragédias.
Somente nas últimas semanas, o sindicato foi informado sobre ocorrências na P-31, na P-18, na P-25,na P-51, PNA-2 e PCH-1.
No último dia 18, um vaza- mento de gás levou perigo à P-18.O problema aconteceu na base do transmissor de nível da torre deglicol, sistema responsável por reti-rar a umidade do gás de alta. A brigada de incêndio foi acionada e o sistema de dilúvio funcionou. Porsorte ninguém foi atingido.
Na P-25 , houve no último dia 22 uma explosão na secadora de ar. Trabalhadores também denunciaram ao sindicato que houve pressão da chefia para liberação para funcionamento de um permutador de gás, enquanto ainda estavam sendo tomadas ações de segurança. “Não houve nenhum planejamento para excussão do serviço, ouseja, o planejamento começou depois da PT já estar no sistema, ai queriam que agente liberasse dequalquer jeito”, registra relato recebido pelo sindicato.
Também no dia 22, a P-51 registrou acidente com um petro- leiro da Liebherr, que foi atingido no ombro e nas costas por uma talha que soltou do troller durante uma movimentação de carga. O trabalhador foi desembarcado e a gerência não deu informações sobre ocaso. No mesmo dia, ainda na P-51, uma linha de água quente se rompeu no spider-deck.
Em PNA-2, houve outro vazamento de gás, no último dia 10. O vazamento foi na sonda de intervenção do poço. O gás estava acumulado na retirada da DHSV. O alarme não atuou e o sistema de proteção não desligou a energia elétrica para não ter ignição. Por sorte não houve uma explosão. E de PCH-1, o sindicato recebeu a atualização de pendências e teve acesso a fotos, como a da capa desta edição, que mostram o abandono da unidade.
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