Contratados pela empresa Protec, os trabalhadores estão sem receber salários e benefícios há 80 dias
[Da comunicação do Sindipetro PR/SC]
Os bombeiros civis que prestam serviço na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, deflagraram greve por tempo indeterminado na segunda-feira (18). Eles são contratados pela empresa Protec e cruzaram os braços por conta do atraso de mais de dois meses nos pagamentos. Os trabalhadores estão sem receber os salários e benefícios há 80 dias.
De acordo com o Sindicato dos Bombeiros Profissionais Civis do Estado do Paraná (Sindibombeiros-PR), a paralisação ocorre após diversas tentativas de negociação com a Protec, mas sem soluções. Os problemas com os atrasos estariam ocorrendo desde junho e a empresa não teria cumprido com os acordos que foram estabelecidos entre as partes.
Ainda segundo o Sindibombeiros, a Protec alega que a Petrobrás reteve os pagamentos do contrato de prestação de serviços.
O Sindipetro Paraná e Santa Catarina apoia o movimento paredista e também está preocupado com a segurança na refinaria. Por isso, enviou um comunicado sindical à gestão da Repar solicitando informações sobre a brigada de emergência neste momento de greve dos bombeiros civis.
A gestão ainda não respondeu ao ofício. A ausência dos bombeiros civis na área representa riscos para a segurança operacional da refinaria, que depende de uma brigada de emergência completa e preparada para atuar em eventuais ocorrências.
Para o presidente do Sindipetro, Alexandro Guilherme Jorge, a situação demonstra um ciclo preocupante. “Entra contrato, sai contrato e nós vemos se repetir as mesmas situações de salários cada vez menores, menos benefícios, condições precarizadas, uma incapacidade da fiscalização e da gerência de contratos de fazer com que o mínimo das relações de trabalho seja atendido. A maioria dos contratos nem sequer tem um sindicato que represente os trabalhadores. A gestão do Sistema Petrobrás tem que rever toda a área de contratação e talvez substituir todos os responsáveis, porque é inadmissível como ano após ano os problemas só se repetem. Ou a contratação melhora, ou primariza tudo”, ressaltou.
O Sindipetro PR e SC pede celeridade nas tratativas entre a Petrobrás, a Protec e os grevistas no sentido de buscar a resolução do impasse. O Sindicato continuará monitorando os desdobramentos e oferecendo apoio, reafirmando o compromisso com a luta por melhores condições de segurança e respeito aos direitos elementares dos trabalhadores.