Falta bom senso na má gestão da Recap

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*por Juliano Deptula

A má gestão de alguns chefes da Recap ultrapassa o bom senso quando o assunto é garantir suas “faixinhas”. Eles chegam a colocar em risco a segurança das unidades e dos próprios trabalhadores, não se importando em seguir o que está determinado nos padrões e procedimentos da empresa. Ao invés de dar o exemplo, o gestor faz exatamente o contrário.

São inúmeros os relatos nos quais supervisores e coordenadores de produção realizam manobras e liberações de PT’s na unidade sem comunicar os trabalhadores do turno, responsáveis pela área. Ou seja, o operador que responde pelo controle da planta simplesmente não sabe o que acontece na área. Não existe transparência e clareza. Tudo é feito na “espreita”.

Em situações de assédio moral, ao invés de se retratarem às vítimas, esses gestores se calam. E, muitas vezes, mentem na cara dura, alegando “que já está tudo resolvido”, quando não está.

Para piorar as coisas, tem um gestor realizando treinamentos “mandraques” e determinando “que todos devem operar as áreas no campo e painel”.

É um absurdo atrás de outro absurdo: treinamento a toque de caixa em um curto espaço de tempo, onde, muitas vezes, um operador é treinado por outro que ainda está em treinamento ou, até mesmo, por outro que há anos não opera aquela área. E não há nenhum apoio, já que o próprio gestor há muito tempo não se atualiza na operação da área.

Esse tipo de gestão de cumprir metas e de “puxar o saco” não traz segurança alguma para os trabalhadores. Tanto é que o número de acidentes na Recap só aumenta, cada dia mais! Parodiando o chavão de um famoso jornalista: “Isso é uma vergonha!”.

 

Juliano Deptula é diretor do Unificado e coordenador da Regional Mauá