Segunda reunião do GT AMS/Petros teve como ponto principal de pauta a discussão do saldo devedor do plano de saúde
[Da imprensa da FUP]
Durante a segunda reunião do Grupo de Trabalho que está discutindo o futuro dos dois principais benefícios dos trabalhadores do Sistema Petrobrás – AMS e Petros, os representantes da FUP tornaram a cobrar a suspensão dos descontos abusivos impostos aos beneficiários do plano de saúde, principalmente os aposentados e pensionistas, que são os mais impactados.
Os representantes da empresa informaram que já tiveram uma sinalização positiva da Gerência de Recurso Humanos de que o pleito dos trabalhadores será analisado pela alta administração da companhia, pois depende desta instância para autorizar a suspensão dos descontos, enquanto o GT busca uma solução negociada para o saldo devedor da AMS.
Esse foi o principal ponto de pauta que foi discutido na reunião desta quinta-feira, 11. Pela primeira vez, os representantes da Petrobrás apresentaram dados relacionados ao montante do saldo devedor, mas que ainda são insuficientes para tecer um diagnóstico sobre o que levou ao acúmulo de valores que para milhares de beneficiários são impagáveis.
Os valores apresentados são relativos ao total acumulado, mas não traz informações discriminadas, ano a ano, nem por faixa de renda, como a FUP cobrou. A empresa se comprometeu a buscar informações mais detalhadas sobre o saldo devedor, que é hoje o principal motivo dos descontos abusivos da AMS.
A direção da FUP ressaltou que é fundamental para o bom andamento do GT apontar uma sinalização positiva para os beneficiários da AMS de que os descontos serão suspensos enquanto o grupo estiver construindo uma solução negociada para resolver de forma definitiva esse problema.
Para isso, é necessário um levantamento detalhado do que causou o crescimento exponencial do saldo devedor, pois só identificando as causas reais do problema é que o GT poderá discutir uma proposta de solução que garanta previsibilidade para os beneficiários, evitando que haja novos acúmulos de dívidas no futuro.
O GT também deu continuidade à discussão de outras questões, como o expurgo dos custos da AMS das despesas com acidentes e doenças do trabalho e questionamentos relacionados à péssima administração da APS.
Os representantes da FUP cobraram explicações sobre as chantagens que a Associação está fazendo em relação aos beneficiários que não se recadastrarem, ameaçando, inclusive, de expulsão do plano de saúde, o que é totalmente arbitrário e viola o Acordo Coletivo de Trabalho.
As lideranças sindicais ressaltaram que o ideal seria a Petrobrás realizar um recadastramento que valesse tanto para a AMS, quanto para a Petros, destacando que isso seria mais efetivo, já que há uma crise confiança da categoria em relação à APS, cuja criação está sendo questionada judicialmente.
Os representantes da Petrobrás se comprometeram a fazer um comunicado interno aos beneficiários com esclarecimentos sobre os objetivos do recadastramento, reiterando que não há intenção de punição dos que não conseguirem se recadastrar.
Outro ponto questionado pela FUP foi a avalanche de descredenciamentos que a AMS vem sofrendo, principalmente após a criação da APS e a extinção dos postos avançados de atendimento nos estados. As representações sindicais manifestaram preocupação com a redução da rede credenciada, ressaltando que isso pode ser mais uma forma de esvaziar e enfraquecer a AMS, empurrando os beneficiários para os planos privados, quando o movimento deveria ser no sentido contrário, de fortalecer a rede própria de conveniados.
A Petrobrás ficou de avaliar essa questão e se manifestar na próxima reunião do GT, que está agendada para o dia 18.