Explosão na RLAM deixa três trabalhadores com graves lesões

Um domingo (18\01) que deveria ser tranquilo para trabalhadores e seus familiares, após o incêndio na U-30 da última quarta (14\01), quando não houve feridos, infelizmente registra mais uma gravíssima explosão na RLAM, dessa vez com graves lesões a três trabalhadores.
 
A explosão ocorreu no Vaso 3818 de hidrogênio da U-38, durante um serviço em espaço confinado, no início da tarde de domingo.
 
Segundo informações obtidas com diretores do Siticcan e trabalhadores da refinaria que foram ao Hospital de Medicina Humana (antiga UME) em Candeias, um caldeireiro da terceirizada Victória (José Adailton) está em estado grave, com queimaduras em 70% do corpo e fratura exposta na perna esquerda; outro caldeireiro, também da Victória (Jonas Leal), teve queimaduras em 25% do corpo, enquanto uma observadora da empresa Potencial (Jucineide de Jesus) teve queimaduras em 10% do corpo (rosto) e corte na cabeça.
 
A explosão, além do fogo, gerou deslocamento do ar que projetou os trabalhadores e trabalhadora contra outras estruturas. Segundo informações chegadas aos diretores sindicais, o vaso estava aberto desde o dia 15/01 e outro serviço já tinha sido realizado.
 
A direção do Sindipetro Bahia denuncia mais este acidente de extrema gravidade e presta sua solidariedade e apoio aos feridos e familiares. Além disso, o Sindipetro Bahia e o Siticcan cobram da Petrobrás, das empresas Victória e Potencial o melhor atendimento médico para as vítimas, atendimento psicológico e social às famílias e como determina o ACT a participação na Comissão de Investigação e Análise desse grave acidente.
 
A direção dos dois sindicatos comunica nesta segunda (19\01) ao MTE e MPT mais esse trágico acidente e adverte que responsabilizará civil e criminalmente os que expuseram a vida dos trabalhadores aos riscos de mais uma tragédia na RLAM. Acidentes como o deste domingo podem ser consequências das paradas de manutenção com prazos exíguos e extensas jornadas de trabalho impostas aos que trabalham na refinaria.
 
Fonte: Sindipetro BA