A insegurança na Petrobrás causou mais uma explosão em unidade da empresa. Desta vez, por sorte, não houve vítimas. Mas o acidente assustou a comunidade local e os trabalhadores. A explosão aconteceu na tarde de domingo, 16, em Sergipe, no trecho do gasoduto que liga a estação de Robalo a Carmópolis, área de produção terrestre. Equipes da Brigada de combate a incêndio foram acionadas para conter as chamas.
Em nota à imprensa, a Unidade de Operações de Exploração e Produção de Sergipe/Alagoas informou que não houve vítimas e que o fogo foi controlado pela Brigada e “pelo isolamento do fluxo de gás”.
Em reportagem da TV Sergipe, os moradores da vizinhança manifestaram preocupação com a segurança na região “Ouvi uma explosão muito forte, um estouro”, relatou o pedreiro Gerinaldo Marques dos Santos à equipe de reportagem. O tráfego de veículos próximo ao local ficou interrompido até as chamas serem controladas pela brigada de emergência da Petrobras e o fluxo de gás ser isolado.
Até às 13h desta segunda-feira, não havia nenhuma nota sobre o acidente no site do Sindipetro AL/SE. Mas, outros acidentes recentes alertam para os riscos que vivem cotidianamente os trabalhadores da Petrobrás. Veja abaixo as últimas ocorrências em Sergipe, noticiadas no site do Sindipetro:
Acidente na sonda SPT57
Na sonda SPT 57, dia 29 de outubro, no campo terrestre de Sergipe, o elevador que movimenta o tubo para colocar dentro do poço se abriu. O tubo caiu de raspão na cabeça do petroleiro terceirizado, do contrato com a Estre. Por pouco esse acidente seria fatal. Inclusive é nesse procedimento onde mais acontecem acidentes na atividade de sondagem, quando o trabalhador movimenta o tubo para alinhar dentro do poço. Muitas vezes acontecem no final da jornada de trabalho, que é de sobreaviso, turno de 12 horas.
Princípio de incêndio na manutenção
Também em Sergipe, um petroleiro sofreu queimaduras em um acidente grave na estação de Siriri, SZ1, na tarde do dia 05/11. A vítima é do contrato de manutenção da Petrobras com a Conenge. Abaixo da linha onde o trabalhador fazia a solda havia uma outra linha sem identificação, onde passa um produto químico chamado sequestrante de H2S. Quando caiu pingo de solda na linha, por ser de fibra de PVC, o tubo derreteu.
O líquido imediatamente inflamou e provocou queimaduras de terceiro grau em uma das mãos e de segundo nos braços, no rosto e nas pernas do trabalhador. Próximo a ele tinha outro companheiro de trabalho que ao correr, tropeçou e caiu, mas não teve nada grave, apenas uma escoriação no joelho.
Nos serviços de pesquisas
A empresa Geokinetics GEophysical do Brasil LTDA, que trabalha na pesquisa geofísica para Petrobras na Sonda S-27, no litoral norte de Alagoas, tem batido o Record de acidentes. Em menos de um mês, do dia 30/09 a 24/10 deste ano, foram seis acidentes, quatro com afastamento e dois sem afastamento. O sinal de alerta já acendeu há muito tempo.
Fonte: FUP, com informações do G-1 e do Sindipetro-SE/AL