“Eu pretendo mudar a política de preços da Petrobrás”, avisa Lula

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Durante sua entrevista para o portal Uol, na quarta-feira, 27, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, se voltar a comandar o governo, uma de suas prioridades vai ser mudar a atual política de preços da Petrobras, recuperar a autossuficiência do Brasil em petróleo e derivados e transformar a empresa em um dos motores do desenvolvimento nacional.

“É importante lembrar que no nosso governo descobrimos o pré-sal e não foi sorte, foi investimento em pesquisa. Foi um desafio que nos colocamos para fazer com que o Brasil fosse definitivamente autossuficiente”, ressaltou o candidato do PT à Presidência.

“E quando nós encontramos a mais importante jazida de petróleo do século 21, resolvemos destruir a Petrobrás, vender gasodutos, a BR, as refinarias e hoje um país que é autossuficiente em petróleo e poderia exportar derivados, não tem capacidade de refinar o que nós precisamos”, prosseguiu o ex-presidente. “O Brasil hoje só tem capacidade de refinar menos de 80% daquilo que consome, é uma vergonha.”

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Lula também defendeu a importância da Petrobrás para a política industrial do país. “Quando nós aprovamos a indústria naval e as plataformas, que a Petrobrás tinha que contratar 65% de componente nacional, é porque a gente queria ter política industrial e desenvolver uma grande indústria nesse país, infelizmente tudo isso foi destruído.”

“Se eu ganhar a eleição, vamos fazer refinaria nesse país, esse país vai ser autossuficiente, vamos restabelecer os royalties, voltar 75% para educação, saúde e ciência e tecnologia e vamos fazer a Petrobrás ser, senão a primeira, a segunda maior empresa petroleira do mundo. Nós temos condições para isso”, declarou.

“Eu pretendo mudar a política de preços da Petrobrás”, anunciou ainda Lula. “Eu pretendo fazer com que os preços da Petrobrás sejam em função dos custos nacionais, dos gastos nacionais, porque nós produzimos em real, pagamos salário em real. Ou seja, essa história de PPI, de preço internacional, é para agradar aos acionistas em detrimento de 215 milhões de brasileiros. E a gente pode reduzir o preço sim.”