Estudo de consultoria aponta que venda das refinarias da Petrobras não aumentará concorrência no mercado de óleo e gás

 

A Petrobras colocou no ano passado a venda de sua participação em oito refinarias. Porém, a ideia de competição de mercado no setor de óleo e gás pode estar mais do longe do que se imagina. Estudo feito pela Leggio diz que a venda não é suficiente para gerar concorrência neste mercado.

O estudo diz que isso só acontecerá de fato, se houve ampliação da infraestrutura para movimentação de combustíveis em dutos, ferrovias e portos, pois só assim, os produtos produzidos pela refinarias conseguiria chegar às regiões consumidoras.

Petrobras, quando construiu as oito refinarias que hoje estão à venda, não as projetou para que competissem entre si, estando localizadas a quilômetros de distância umas das outras. Portanto, para que o produto seja distribuído pelo país, seria necessário também otimização na infraestrutura do país.

Pra se ter uma ideia, na Bahia, a capacidade de movimentação do terminal portuário de Aratu representa apenas 5% do volume de produção da então refinaria posta a venda, a RLAM, o que limita a competição com outro produto, de outra origem, neste mercado. No Rio Grande do Sul há o mesmo dilema. O Porto de Rio Grande está distante da refinaria Refap e não há terminais no litoral norte do estado ou sul de Santa Catarina.

Para solucionar questões como estas citadas, a alternativa para a competição seria a concorrência do combustível transportado de outras refinarias através de rodovias, porém limitada pelo custo.

O aumento do transporte de cabotagem, a ampliação da infraestruutura portuária e de internacionalização dos produtos via dutos e ferrovias são aspectos fundamentais de acordo com o estudo feito.

Ainda, outro ponto importante seria a ampliação do programa “BR do Mar”, que hoje foca no transporte de containers, com medidas específicas para reduzir os custos de cabotagem de granéis líquidos, sejam combustíveis ou químicos.

[Via  Click Petróleo e Gas]