Entidades estudantis chamam 4 mil às ruas de Brasília, pela campanha do pré-sal para educação

Nesta quinta-feira, 20 de maio, as entidades estudantis –UNE, UBES e ANPG…








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Nesta quinta-feira, 20 de maio, as entidades estudantis –UNE, UBES e ANPG– chamam 4 mil às ruas da capital federal em defesa do Brasil com a campanha “50% do Fundo Social do Pré Sal para a Educação”; concentração será no Museu Nacional Honestino Guimarães às 10h30

Honestino Guimarães não viu Brasília crescer. O presidente da UNE em 1973 foi preso pela ditadura e é desaparecido até hoje. No aniversário de meio século da capital federal, a juventude brasileira, reflexo das lutas dos seus heróis, tomará a Esplanada dos Ministérios nesta quinta-feira, dia 20 de maio, para levar ao conjunto da sociedade uma reivindicação que pode mudar a cara do Brasil.

Mais uma vez a terra vermelha do cerrado vai subir quando 4 mil estudantes iniciarem a marcha em defesa de que 50% dos recursos do fundo social do Pré Sal sejam investidos na Educação e pela aprovação de uma nova lei do Petróleo. A tradicional concentração para a passeata será em frente ao Museu Nacional que leva o nome de uma das principais referências do movimento estudantil. De lá, o mar de gente se lançará sobre o eixo monumental rumo ao Congresso Nacional. No caminho, a irreverência e despojamento característicos dos jovens vão quebrar o gelo de concreto e, num momento de celebração e luta, irão colorir o branco do Plano Piloto.

A manifestação é organizada pela União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e Associação Nacional dos Pós Graduandos (ANPG). Uma comissão de estudantes será recebida pelo líder do governo da Câmara, Romero Jucá. As lideranças querem pressionar o poder legislativo para que a aprovação do Projeto de Lei nº 7 de 2010, que cria o Fundo Social do Pré Sal, seja acelerada e votada ainda este mês.

PELA APROVAÇÃO DA EMENDA DA UNE

Os estudantes pressionam também pela incorporação da Emenda apresentada pela UNE ao projeto de lei nº 7 reivindicando que 50% do total da receita obtida pelo Fundo Social “deverão ser aplicados em programas direcionados ao desenvolvimento da educação pública, básica e superior". Os autores da Emenda são as senadoras Fátima Cleide (PT-RO) e Ideli Salvati (PT-SC) e os senadores João Pedro (PT-AM) e Inácio Arruda (PCdoB-CE). Na justificativa, os parlamentares ressaltam a importância da educação com indutora do projeto de desenvolvimento nacional:

“As carências educacionais são apontadas como um dos principais gargalos ao desenvolvimento nacional. Sem maciços investimentos na universalização e na qualidade da educação básica, profissional e superior não teremos cidadãos preparados para ampliar o parque científico e tecnológico nacional, incrementar a indústria e colocar o Brasil em condições de competitividade internacional”

UNE SE INSPIRA NA CAMPANHA “O PETRÓLEO É NOSSO!”

A União Nacional dos Estudantes (UNE) é protagonista mais uma vez da defesa da soberania e do desenvolvimento do país. Movidos pelos mesmos ideais das décadas de 1940 e 1950, na vitoriosa luta “O Petróleo é Nosso!”, os estudantes lançaram a campanha “50% do Fundo do Pré-Sal para a Educação e Pela Nova lei do Petróleo”. Entre os materiais de divulgação da campanha está uma cartilha distribuída para estudantes secundaristas e universitários em todo país. O documento, além de adesivos e cartazes, estão disponíveis para download no site da entidade:

http://www.une.org.br/home3/movimento_estudantil/mov_estudantil_2008/m_15398.html




O Petróleo é Nosso! – A campanha pela autonomia brasileira na área petrolífera foi uma das mais polêmicas e uma das mais lembradas em toda a história brasileira. Entre 1947 e 1953 o país ficou dividido entre os que defendiam a exploração do petróleo exclusivamente por uma estatal brasileira e os que acreditavam que o refino e distribuição deveriam ser atividades exploradas por empresas privadas estrangeira. A UNE e grande parte da sociedade encabeçaram a campanha "O Petróleo é Nosso!", série de manifestações de cunho nacionalista em defesa do patrimônio territorial e econômico do país, que resultou na criação da Petrobrás, em 1953, pelo então presidente Getúlio Vargas.