Esse é um momento histórico para os petroleiros e a sociedade brasileira.
Imprensa da FUP
Esse é um momento histórico para os petroleiros e a sociedade brasileira. Os trabalhadores estão tendo pela primeira vez a oportunidade de eleger seus representantes para os Conselhos de Administração da Petrobrás e de suas subsidiárias. Uma luta que confunde-se com a história da FUP. Por mais de 20 anos cobramos a democratização da gestão da empresa, através da representação de seus trabalhadores. Essa conquista é também uma vitória do movimento sindical e só será efetiva se elegermos companheiros que tenham em seus currículos histórica participação na luta da classe trabalhadora e comprovada capacidade em representá-la.
Para o C.A. da Petrobrás, a direção colegiada da FUP deliberou por lançar e apoiar a candidatura da principal liderança da organização sindical da categoria, que é o seu coordenador, João Antônio de Moraes. Uma candidatura decidida de forma democrática e coletivamente com os principais sindicatos do país. O número expressivo de petroleiros que estão disputando a vaga comprova a importância história desta eleição e deixa claro que vários interesses estão em jogo. Respeitamos todos os companheiros que se candidataram e esperamos que a categoria participe ativamente do processo eleitoral.
Mas o movimento sindical entende que a representação no principal órgão de decisão de uma das mais importantes empresas do mundo deve estar em consonância com as reivindicações e princípios da classe trabalhadora organizada. O conselheiro eleito deve representar aqueles que fazem a empresa no dia-a-dia, longe dos gabinetes. Nosso representante deverá estar em sintonia com os anseios da maioria da categoria e ter respaldo dos principais sindicatos. Sem esse apoio, será voz isolada em meio aos interesses do mercado e do governo.
Dispor de voz no Conselho de Administração da Petrobrás requer preparo, pulso firme para lidar com as pressões e apoio da maioria dos trabalhadores, porque muitas das decisões tomadas lá afetam diretamente cada um dos petroleiros, bem como todos os brasileiros. São decisões que têm impacto no projeto de desenvolvimento do país e na vida dos trabalhadores.
Para se contrapor aos mais diversos interesses econômicos e governamentais, é fundamental uma estrutura, com assessoria técnica e política, que dê suporte às propostas que serão defendidas pelo nosso representante no C.A. Propostas que serão debatidas com os trabalhadores e discutidas periodicamente em reuniões com os sindicatos. Será um mandato coletivo e não individual. Temos, portanto, que fazer valer essa conquista histórica e transformá-la em uma ferramenta efetiva de luta e de organização, atuando para democratizar e dar mais transparências às deliberações da Petrobrás.