Em 1987, Aécio foi eleito pelo PMDB para a Assembléia Nacional Constituinte e, a partir de 1991, já pelo PSDB, foi eleito deputado federal por três legislaturas consecutivas, onde aprovou a quebra do monopólio da Petrobrás, o Fator Previdenciário, a flexibilização da CLT e uma série de projetos contrários aos trabalhadores. A FUP fez um levantamento com base nas publicações do Diap e elencou os principais posicionamentos do tucano durante sua passagem pela Câmara dos Deputados e mais recentemente pelo Senado. Veja a seguir:
Na Constituinte, Aécio foi contra a jornada de 40 horas
Durante a Assembleia Nacional Constituinte, entre fevereiro de 1987 e setembro de 1988, Aécio Neves votou contra a nacionalização do subsolo, a favor da independência do banco Central, contra o salário mínimo nacional unificado, pela privatização parcial da previdência social pública, a favor da reeleição presidencial e do voto secreto para vetos presidenciais, contra a jornada de 40 horas semanais e contra o adicional de horas extras a 100%.
- Atuação ativa nas reformas neoliberais dos anos 90
- Nos três mandatos seguintes que exerceu como deputado federal, Aécio Neves votou:
- Pela quebra do monopólio estatal da Petrobrás
- Pela criação do Fator Previdenciário
- Pela mudança do regime de contratação dos servidores públicos
- Pela privatização da previdência do servidor público
- Pela instituição da idade mínima para a aposentadoria
- Pela reforma administrativa com redução e flexibilização de direitos
- Contra a recomposição das perdas salariais dos aposentados
- Pela redução de 30% no salário do servidor após a aposentadoria
- Pelo fim da estabilidade no emprego dos servidores da União, Estados e Municípios
- Pelo aumento de 40% do tempo de serviço para aposentadoria especial
- Pela redução salarial do servidor colocado em disponibilidade
- Contra a irredutibilidade da remuneração do servidor público,
- Pela adoção dos contratos temporários de serviço
- Pela redução do prazo de reclamação dos direitos dos trabalhadores rurais
Na presidência da Câmara, impediu a CPI da P-36 e quis flexibilizar a CLT
Entre fevereiro de 2001 e dezembro de 2002, Aécio Neves ocupou a presidência da Câmara dos Deputados Federais e fez de tudo para aprovar a toque de caixa o projeto do governo FHC de flexibilização da CLT, onde as férias, o 13º salário, a PLR e outros direitos ficariam a critério dos patrões. Aécio Neves colocou o projeto na pauta de votação, aprovou o texto e encaminhou a proposta ao Senado Federal, para que fosse votada em regime de urgência. A CUT conseguiu barrar a votação e após a eleição do presidente Lula, o projeto foi engavetado.
Já em relação à investigação dos erros de gestão que levaram ao afundamento da P-36, em março de 2001, o então presidente da Câmara agiu no sentido contrário. Aécio, que hoje se diz estarrecido com as denúncias contra a Petrobrás, comandou na época uma operação “abafa” e impediu a instauração de uma CPI para apurar os fatos apontados pelo CREA como responsáveis pelo acidente que matou 11 trabalhadores e causou um prejuízo milionário à empresa. Ficou clara a existência de falhas grosseiras no projeto que readaptou uma antiga planta de perfuração para a plataforma de produção, bem como na fiscalização da ANP, cujo diretor era o genro do presidente FHC, todos do PSDB.
No Senado, Aécio foi contra a valorização do Salário Mínimo
Em 2011, no seu primeiro ano como senador, Aécio Neves votou contra o Projeto de Lei que garantia aos trabalhadores brasileiros reajustes reais todos os anos no valor do salário mínimo.O texto do PLS 382/2011 já havia sido aprovado na Câmara e foi levado ao Senado para decisão final. Apesar do voto contrário do senador Aécio, a proposta foi aprovada e transformada em Lei, garantindo até 2015 o reajuste anual do Salário Mínimo, com base na correção da inflação somada ao aumento do PIB. Recentemente, Armínio Fraga, indicado para ministro da Fazenda, caso o candidato tucano vença as eleições, declarou que o salário mínimo está muito alto, pois “cresceu demais nos últimos anos”.
Fonte: FUP