Em manifestações, bancários exigem propostas decentes e prometem greve

O recado dos bancários foi muito claro: ou a Fenaban leva a negociação a sério, ou a resposta…

Contraf-CUT

O recado dos bancários foi muito claro: ou a Fenaban leva a negociação a sério, ou a resposta virá na forma de greve. Essa foi a mensagem das manifestações e paralisações parciais que aconteceram nesta quinta-feira, 10, em todo o país, seguindo orientação do Comando Nacional dos Bancários.

Levantamento da Contraf-CUT comprova a força e garra do movimento e a disposição de luta da categoria para enfrentar os abusos dos bancos em todo o país. Os bancários foram às ruas em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Fortaleza, Teresina, João Pessoa, Cuiabá, Porto Velho e Belém, entre outras cidades (veja notícias nos links abaixo.

As manifestações foram definidas após a quarta rodada de negociação entre o Comando e a Fenaban. Os banqueiros mais uma vez compareceram à mesa apenas para enrolar e não trouxeram qualquer proposta para atender às reivindicações apresentadas pelas entidades sindicais. Nenhum dos temas mereceu atenção dos bancos: remuneração, proteção ao emprego, saúde, condições de trabalho, segurança, combate ao assédio moral e às metas abusivas etc.

"Os trabalhadores foram às ruas para lembrar aos banqueiros da força de sua mobilização", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. "E isso foi só o começo. Se os bancos não começarem a levar o processo negocial a sério, trazendo propostas concretas e que atendam às expectativas da categoria, os bancários estão prontos para entrar novamente em greve", acrescenta.

Cordeiro destaca que o sistema financeiro foi o setor que mais lucrou neste ano, não tendo sofrido nenhum impacto da crise econômica. "Os 21 maiores bancos tiveram R$ 14,3 bilhões em lucros somente no primeiro semestre deste ano. Não há qualquer justificativa para que as reivindicações dos bancários não sejam atendidas", salienta Cordeiro. "A responsabilidade social precisa começar em casa e a hora é agora", conclui.

Negociações específicas com BB e Caixa
Nesta sexta-feira, dia 11, ocorrem novas rodadas entre o Comando Nacional e o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, em Brasília.

Os funcionários do BB discutirão as reivindicações relativas às cláusulas sociais (como licença-maternidade, auxílio-creche, auxílio educação, previdência suplementar, vale transporte, e outras) e sindicais (como Plano de Carreira, Cargos e Salários, negociação permanente, entre outras

Já os empregados da Caixa irão debater temas como Funcef/aposentados, isonomia entre novos e antigos empregados, democratização da gestão, dentre outros.

Veja algumas das manifestações dos bancários pelo Brasil:

São Paulo: Retardamento de agências paralisa 6,5 mil bancários

Rio: Bancários paralisam agências no centro contra postura da Fenaban

Brasília: Bancários paralisam 18 agências contra abusos dos bancos

Belo Horizonte: Bancários vão às ruas exigir fim da enrolação dos banqueiros

Porto Alegre: Bancários fecham agências no Dia Nacional de Mobilização

Fortaleza: Paralisação denuncia descaso da Fenaban nas negociações

Salvador: Bancários da Bahia fazem paralisação de advertência

Curitiba: Bancários paralisam Central de Atendimento do BB em São José dos Pinha

Cuiabá: Bancários participam do Dia Nacional de Luta

Belém: Bancários paralisam agências em resposta à enrolação da Fenaban

João Pessoa: Bancários retardam abertura de bancos públicos

Juiz de Fora: Bancários protestam contra descaso dos banqueiros

Cubatão (SP): Bancários paralisam todas as agências da cidade contra descaso dos bancos

Campinas: Bancários param 11 agências e cobram proposta da Fenaban

Teresina: Bancários paralisam e denunciam intransigência dos bancos

Rondônia: Bancários atrasam abertura de agências e ameaçam greve

Santa Cruz do Sul (RS): Campanha Salarial é reforçada com teatro na região

Londrina: Bancários retardam abertura de agências no Dia Nacional de Luta

ABC: Bancários tomam as ruas e cobram respeito e responsabilidade social

Fetec SP: Quinta-feira de mobilizações agita São Paulo

Feeb RS: Bancários retardam a abertura de agências