Em luta pelo aumento do efetivo da REPAR, o coordenador da FUP desmente acordo propagado pelos gerentes da refinaria







Entrevista originalmente publicada no site do Sindipetro PR/SC

Apesar da chuva, o movimento em defesa da vida e pelo aumento do efetivo na Repar, ficou aquém das expectativas. Não bastasse o aguaceiro constante, o friozinho típico da região do Paraná resolveu voltar a dar as caras. Entretanto, a campanha persiste com a Operação PT Única e, a qualquer momento, a greve surpresa.  

O ato que teria a participação do coordenador geral da FUP, João Antônio Moraes, e do presidente da CUT-PR, Roni Barbosa, além de boa parte da direção sindical. A mobilização foi suspensa, mas todos os companheiros citados compareceram à portaria da Refinaria (PV-1) para conversar com os petroleiros e motivar a luta pela recomposição do efetivo.  

 

Ao saber dos boatos que os gerentes da Repar espalham pela área, de que haveria um suposto acordo acerca do efetivo e que as negociações só seriam retomadas após o fechamento do ACT 2011/2013,  o coordenador da FUP, João Antonio de Moraes, foi enfático: “Eu desafio qualquer gerente a comprovar com quem e em qual reunião isso foi tratado. Não existe acordo que suspende as negociações do efetivo”. Confira abaixo a entrevista com Moraes e saiba mais sobre a campanha reivindicatória e a luta pelo aumento do efetivo.  

Entrevista com João Antônio Moraes, coordenador geral da FUP 

Imprensa Sindipetro – Já é possível fazer um balanço parcial desta Campanha Reivindicatória? 

Moraes – Como estamos em negociação, fica difícil fazer uma avaliação. A Petrobrás ainda não respondeu à nossa pauta de reivindicações, protocolada no dia 1º de setembro. Já aconteceram três reuniões com a Companhia, sendo que na primeira só tratamos das pendências do ACT passado. Nas outras duas o assunto foi a pauta desta campanha, mas não houve resposta. Acontecerão ainda mais duas reuniões e uma delas é hoje (13/10).  

O que podemos afirmar sobre o processo até agora é que um importante avanço foi a reposição da inflação antes da conclusão das negociações. Se antes a empresa usava o índice inflacionário como argumento para limitar o ganho real, agora viramos o jogo e vamos lutar pelo aumento real e significativo de salários. 

Imprensa Sindipetro – Qual a expectativa para a mobilização nacional do próximo dia 19?  

Moraes – Esperamos que seja um movimento bastante forte, que demonstre a união dos petroleiros. O prazo que o Conselho Deliberativo da FUP deu para a Petrobrás responder a pauta termina no dia 17 de outubro. No dia 21 haverá nova reunião do Conselho para avaliar uma possível proposta da empresa e, se for o caso, discutir indicativos de mobilizações mais intensas.   

Imprensa Sindipetro – Gerentes espalham na área que há um acordo entre a Petrobrás e a FUP sobre o efetivo da Repar e que as negociações só seriam retomadas após o fechamento do ACT 2011/2013. Isso é verdade? 

Moraes – De forma alguma! Eu, João Antônio Moraes, presente aqui na portaria da Repar nesta manhã de quinta-feira, dia 13 de outubro de 2011, desafio qualquer gerente a comprovar com quem e em qual reunião isso foi tratado. Não existe acordo que suspenda as negociações do efetivo. O Acordo Coletivo de Trabalho está em negociação e foi a própria Petrobrás que pediu a prorrogação do ACT 2009/2011 até outubro. Nele existe uma cláusula que coloca o efetivo como pauta de discussão local.