Em campanha salarial, os petroleiros estão em estado de greve e irão parar por oito horas, na sexta-feira…
Imprensa da FUP
Em campanha salarial, os petroleiros estão em estado de greve e irão parar por oito horas, nesta sexta-feira (03), cobrando da Petrobrás avanços no processo de negociação. A paralisação terá início no turno da manhã nas plataformas, refinarias, terminais de distribuição de produtos e campos terrestres de produção. Durante oito horas, não haverá substituição de trabalhadores nos turnos destas unidades. Os trabalhadores administrativos também irão parar suas atividades na sexta-feira, tanto nas áreas operacionais, quanto nos escritórios da Petrobrás e da Transpetro.
A paralisação foi aprovada pela categoria nas bases sindicais representadas pela Federação Única dos Petroleiros (FUP/CUT): São Paulo (SP), Mauá (SP), Campinas (SP),Duque de Caxias (RJ), Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Manaus (AM) e Coari (AM).
No Norte Fluminense, os trabalhadores realizam assembleias nesta quinta e sexta-feira, para aprovar um indicativo de mobilização surpresa que será dado pela direção do Sindicato.
Além do estado de greve e da paralisação desta sexta, os trabalhadores do Sistema Petrobrás aprovaram nas assembleias um calendário de luta que conta também com operações de segurança nas unidades operacionais e mobilizações em defesa dos direitos dos trabalhadores terceirizados. As assembleias foram concluídas esta semana em todas as bases da FUP, com ampla aprovação dos indicativos.
A Petrobrás insiste em discriminar seus trabalhadores com uma proposta econômica que não atende as reivindicações da categoria e ainda privilegia os salários mais altos em detrimento dos que recebem menos. Além disso, a empresa não avançou em relação às cobranças dos petroleiros sobre condições de trabalho e segurança, principalmente, no que diz respeito aos terceirizados.
Os petroleiros reivindicam reposição da inflação do período (setembro de 2009 a agosto de 2010) pelo ICV/Dieese (estimativa de 5%); ganho real e produtividade (10%); melhorias no programa Jovem Universitário (reembolso de parte das mensalidades dos trabalhadores matriculados em faculdades particulares); proteção dos direitos trabalhistas dos terceirizados; fórum nacional para debater com os gestores da Petrobrás mudanças estruturais na área de SMS (Saúde, Meio Ambiente e Segurança).
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